quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

ISRAEL ADMITE A DERROTA NA GUERRA CONTRA O LÍBANO EM 2006

Soldados israelenses choram no enterro de um colega

O tão esperado relatório da comissão Winograd, estabelecida para investigar as agressões israelenses contra o Líbano, em 2006, foi divulgado hoje (30).

O resultado final do documento com mais de 500 páginas foi parcialmente revelado em uma coletiva de imprensa, uma vez que trechos do relatório são confidenciais e não foram liberados para o público.

O principal ponto que precisa ser destacado, sem dúvida, foi o reconhecimento da derrota por parte de Israel. Durante os 33 dias de guerra, os israelenses não conseguiram atingir nenhum dos objetivos traçados tanto políticos como militares.

"Uma organização paramilitar resistiu ao mais forte exército do Oriente Médio por semanas", disse o presidente da comissão, Elyiahu Winograd, em referência a resistência libanesa encabeçada pelo Hezbollah.

Ele destacou que Israel cometeu vários erros e fracassos graves nos níveis militares e políticos que comprometem a imagem do exército sionista. Winograd admitiu que Israel não tinha uma estratégia clara quando decidiu invadir o Líbano.

Além disso, o relatório acusa Israel de ter sido impotente ao não impedir com a invasão terrestre o lançamento de foguetes durante a guerra apesar de os conflitos diretos com os combatentes da resistência libanesa terem ocorrido em uma área limitada.

"Embora isto tenha sido uma guerra de nossa própria iniciativa e tenha ocorrido em um território definido, Israel não usou seu poder militar de forma sábia e efetiva", afirmou Winograd. Winograd procurou isentar o israelense Ehud Olmert, atribuindo a culpa pela derrota a todos os israelenses.

Mesmo assim, vários políticos pediram a renúncia de Ehud Olmert, que já avisou não ter pretensão de deixar o cargo.

Agora que os israelenses admitiram que todas as atrocidades que cometeram no Líbano foram em vão, não seria o caso da comunidade internacional levar os terroristas e genocidas israelenses à julgamento para pagar pelos crimes que cometeram não só em terras libanesas, mas também na Palestina?



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