sábado, 12 de janeiro de 2008

BUSH QUER GUERRA ENTRE ÁRABES E IRANIANOS

Fico pensando como o povo brasileiro se sentiria se um presidente de um outro país viesse ao Brasil e fizesse declarações por meio das quais instigassem os católicos (grupo religioso majoritário) a perseguirem os evangélicos, por exemplo? Ou os espíritas? Ou qualquer outra comunidade religiosa? Tenho certeza que a maioria da população rechaçaria esta interferência e conspiração estrangeira sem hesitação.

Pois é exatamente isto que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, está fazendo atualmente no Oriente Médio. Responsável por duas guerras que já mataram centenas de milhares de inocentes e pela sabotagem da instabilidade política em vários países, Bush está percorrendo algumas nações árabes para jogá-las contra os iranianos com o intuito de favorecer Israel que ficaria de braços cruzados vendo árabes e persas se matando em uma guerra na qual morreriam milhares de pessoas, enquanto os sionistas viveriam em paz se regozijando com o sucesso de suas conspirações.

Para alcançar este objetivo, a administração Bush se utiliza de todos os meios possíveis, em particular, plantando o medo, semeando a discórdia e atiçando o fogo das diferenças religiosas. Tem sido assim em todos locais que Bush visitou e será assim nos países que ainda visitará.

Até pouco tempo atrás, o problema era a "insurgência sunita". Agora, os norte-americanos mudaram de estratégia e o "mal" está nas "milícias xiitas".

E desta forma, Bush e seus aliados israelenses querem regredir na história para que esta se repita, especialmente, ao início da década de 80, quando uma aliança de governos ocidentais e árabes se formou para apoiar o então ditador Saddam Hussein na guerra contra o Irã que deixou quase 1 milhão de mortos. A idéia era conter a Revolução Islâmica no Irã, objetivo este que fracassou, uma vez que a revolução e o Islã avançam no mundo e estão mais vivos que nunca na sociedade iraniana a qual dia após dia cresce em todos os campos, inclusive, o científico, militar e o da tecnologia nuclear.

É só comparar. Veja onde está o Irã hoje e o Iraque. Enquanto, o primeiro se encaminha para se tornar a potência do OM, o segundo está perdido em uma ocupação bárbara que ceifou milhares de vidas e usurpou a soberania do país.

Saddam acabou deposto e, em seguida, foi enforcado como prêmio por trabalhar para os norte-americanos. Aliás, os "amigos árabes" de Bush deveriam lembrar deste fato para amanhã eles não terem o mesmo fim que o ex-ditador iraquiano teve depois que os Estados Unidos não precisarem mais deles. Caldo de galinha e juízo nunca fizeram mal para ninguém.

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