terça-feira, 26 de abril de 2011

REVISTA VEJA DESMASCARADA


Terrorismo na tríplice fronteira. A quem interessa esta ilusão?

Nilton Bobato *
O mês de abril de 2011 ficará marcado como o da retomada da tentativa de construção pelo gendarme do império no Brasil, a Revista Veja, de que a tríplice fronteira, composta por Foz do Iguaçu, Ciudad del Este e Puerto Iguazu, é foco de organização de terríveis terroristas islâmicos, agora acrescida da informação de que um maldoso professor iraniano recruta jovens terroristas no Brasil.

Isso parece história contada por filmes de espionagem para sessão da tarde, mas não é nada disso. Está a serviço da construção de uma imagem para justificar ações. Não é a primeira vez, mas talvez seja o princípio de uma ação mais organizada do que as anteriores, que visavam somente construir na opinião pública internacional a justificativa para guerras no Iraque, no Afeganistão, etc. Agora não é somente construir a imagem de árabes maldosos, perigosos para a democracia, para justificar os ataques na Líbia ou preparar uma campanha contra o Irã.

Talvez estejam olhando para o próprio Brasil, para nosso crescimento, para o amadurecimento de nossa democracia. Mas antes, vamos falar da estúpida história contada pela Veja.

Na edição de 06 de abril, a revista ressuscita histórias antigas e devidamente esclarecidas para apontar supostos suspeitos de coordenarem ações de financiamento e organização de grupos terroristas islâmicos na tríplice fronteira. Citando o caso do senhor Sael Atari, um empresário que vive pacificamente há 23 anos da fronteira, liderança palestina, a revista o classifica como um perigoso falsificador do passaportes e diz que não o localizou, mas usou o mais pérfido método para conseguir uma foto do senhor Atari (enviou um jovem para dizer que fazia um trabalho acadêmico sobre os palestinos e tirou uma foto de um senhor Atari sorridente em frente a mesquita sunita).

Homenageamos o senhor Atari na Câmara de Vereadores local, como símbolo da estupidez jornalística daquele texto. O perigoso terrorista islâmico sentou-se ao lado de dois vereadores cristãos (o presidente e o secretário) na Casa de Leis de Foz do Iguaçu e recebeu a homenagem proposta por um vereador comunista.

Na semana seguinte, a mesma Veja traz em destaque a matéria sobre o professor iraniano que recrutaria jovens terroristas no Brasil e transforma uma viagem de estudantes do islamismo ao Irã num crime contra a humanidade. Versões ingênuas, fantasiosas de jornalistas alucinados por um furo improvável? Claro que não, integra uma campanha muito bem articulada internacionalmente e que terá outros capítulos num futuro breve.

Campanha financiada por recursos norte-americanos, conforme texto de Peter Blair e Khatarina Garcia, veiculado em 17 de fevereiro deste ano, que informa que o Congresso dos EUA aprovou aumento de valores com gastos para publicidade contra os líderes que ameacem o império. Parte destes recursos, US$ 120 milhões, seriam direcionados à mídia brasileira.

E segundo cartas vazadas pelo siteWikiLeaks, este reforço de imprensa no Brasil está ligado diretamente a uma ação para que o país se engaje em campanhas visando a difamação de religiões, como já ocorre na França e que tem como principal alvo os seguidores do islamismo.

Classificá-los como terroristas, sanguinários, é uma boa forma de forçar campanhas contra a convivência pacífica que temos no país.

Protógenes

O deputado federal Protógenes Queiróz (PCdoB-SP), esteve na tríplice fronteira prestando solidariedade ao povo árabe e aos muçulmanos que vivem por aqui (a segunda maior colônia do país), mas mais do que solidariedade, como profundo conhecedor da vida na fronteira (foi responsável por investigações de lavagem de dinheiro na região no início dos anos 2000), declarou que não encontrou nenhum árabe ou brasileiro de descendência árabe envolvido com financiamentos de ações terroristas por estas bandas.

A passagem do deputado pela tríplice fronteira provocou uma grande mobilização da comunidade local e reuniu entre sunitas e xiitas, cerca de 800 pessoas num domingo à noite para protestar contra as ilações desta imprensa. A comunidade vai reagir, quebrou o silêncio e se organiza para não aceitar novas campanhas difamatórias sem resposta.

* Vereador do PCdoB em Foz do Iguaçu (PR), membro do Conselho Nacional de Política Cultural, professor e escritor.

* Artigo extraído do Portal Vermelho www.vermelhor.org.br


domingo, 24 de abril de 2011

DE MÃOS DADAS COM A MENTIRA

No dia 11 de janeiro deste ano, fui surpreendido com um e-mail que foi enviado para mim por uma amiga de infância que continha em anexo um documento de PowerPoint falando sobre um casamento coletivo com crianças, algumas delas de até 4 anos, que teria acontecido na Faixa de Gaza, na Palestina, em 2009 .

Fiquei estarrecido não somente com o conteúdo do documento, mas com o fato de que as pessoas que tiveram acesso ao texto, acreditavam que as informações passadas eram verdadeiras. Pessoas adultas e com formação que não tiveram a percepção de que aquela “denúncia” não passava de uma farsa.

Respondi ao e-mail mostrando que o casamento coletivo com crianças em Gaza não passava de uma farsa para difamar os palestinos, os árabes e os muçulmanos de uma vez só. Minha amiga se conveceu e me pediu desculpas, afirmando que não iria repassar aquele documento para mais ninguém. Mostrei que o casamento de fato ocorreu, mas era entre adultos.

As crianças que aparecem nas fotos não estão se casando e sim acompanhando os noivos até as noivas, essas sim maiores de idade, em um casamento coletivo promovido para ajudar casais com dificuldades financeiras.

Sim! O casamento coletivo com crianças na Faixa de Gaza, patrocinado pelo Hamas, é uma mentira sórdida e uma farsa que vem sendo propagada, há alguns anos, no Brasil, inclusive, por jornais que afirmam praticar o bom jornalismo.

Um desses matutinos é o jornal A Crítica, do Amazonas, que resolveu publicar, hoje, 24 de abril de 2011, na página A14, do caderno Mundo, a “denúncia” publicada no blog de nome infâme thelastcrusade (a última cruzada, em tradução livre) do filósofo Paul L. Williams, um conhecido islamófobo (incitador de ódio contra os muçulmanos).

A matéria de Paul L. Williams começou a circular em agosto de 2009, porém, só agora, em abril de 2011, com mais de um ano e meio de atraso, o jornal A Crítica resolveu publicar essa matéria caluniosa como se o episódio tivesse acontecido recentemente.

Com 62 anos de existência, completados no último dia 19 de abril, parece que o jornal A Crítica não aprendeu que é preciso ouvir o outro lado da versão, exercer o direito ao contraditório.A Crítica publicou a matéria caluniosa sem ouvir o outro lado. Em nenhum momento, há a versão do lado palestino.

Na matéria de Paul L. Williams, são colocadas declarações dos oficiais palestinos falando sobre o casamento entre os adultos como se eles tivessem falando sobre o casamento com crianças, comportamento típico de jornalismo vagabundo.

Essa história de que o Hamas patrocinou um casamento coletivo com crianças é uma canalhice que os inimigos dos palestinos, dos árabes e dos muçulmanos montaram para difamar esses povos. Os detratores querem “colar” a idéia de que o Islã e os muçulmanos apóiam a pedofilia, que é considerado um crime abominável no Islã.

Não sei como o jornal A Crítica e as pessoas que tiveram acesso a essa propaganda não se dão ao luxo de investigar antes de repassar essa farsa para dezenas de pessoas e com isso contribuir, indiretamente, para propaganda nazista dos detratores islamofóbicos que montaram e estão por trás dessa farsa.

Não podemos esquecer que o Hamas é um grupo que combate a ocupação israelense nos territórios ocupados palestinos. Portanto, os israelenses tem todos os motivos e interesses do mundo para difamarem o Hamas e o Aitollah Khomeine, que era outro que denunciava o terrorismo israelita e o genocídio que os judeus cometem contra a população árabe na Palestina.

O casamento ocorreu com mulheres adultas, muitas delas, ficaram viúvas em decorrência dos assassinatos que a ocupação israelense pratica na Palestina. Mas as noivas verdadeiras foram propositadamente omitidas e no lugar delas colocaram as crianças que são as damas de honra, algo que é muito comum nos casamentos no Oriente. É comum crianças acompanharem os noivos e noivas lá como acontece no Brasil.

Mas de forma sacana, os sionistas e detratores dos muçulmanos mostraram só as fotos do momento que as crianças acompanhavam os noivos até as suas verdadeiras noivas adultas.

O site de Olho na Mídia foi criado e é mantido por extremistas sionistas , que são apoiadores fanáticos de Israel. É do interesse deles difamarem os palestinos e os muçulmanos para eles poderem justificar a matança, o roubo de terras e o genocídio que os judeus sionistas cometem na Palestina, há quase um século.

Jornais do Brasil como o Globo e o Estadão falaram sobre o casamento coletivo, mas em nenhum momento eles citam que o casamento foi com crianças. Ao contrário, eles lembraram que o casamento foi para ajudar casais pobres e mulheres viúvas o que é extremamente louvável. Porém, os sionistas inverteram e conseguiram incultar na cabeça de uns que o casamento era com crianças.

Veja links abaixo:



Outro blog que denunciou a farsa foi esse. O texto é excelente: http://www.quatrocantos.com/LENDAS/402_noivas_hamas_pedofilia.htm

Desafio também os canalhas que bancam essa farsa a apresentarem um vídeo com a voz do falecido Aitollah Khomeine onde ele fala o que foi atribuído a ele de forma sacana no documento falso que está sendo enviado e que A Crítica publicou.

O Aitollah Khomeine jamais apoiou o casamento com crianças e nem o faria, pois como grande líder religioso que foi, ele sabia que o Islã proíbe a pedofilia e o prazer sexual com crianças.

Todos os sites, jornais e blogs que deram valor para essa farsa são sites cujos donos são judeus ou simpatizantes de Israel. Ou seja, sites e blogs vagabundos criados ou controlados por gente extremista e vagabunda.

Não acredito na inocência de quem fabricou esse conteúdo nocivo do casamento coletivo com crianças. Este documento deve ser encaminhado ao Ministério Público, as entidades defensoras dos direitos dos palestinos e dos muçulmanos do Brasil.

É preciso tomar cuidado com a públicação desse tipo de material. É preciso investigar primeiro antes de publicar uma ofensa dessas.Ao invês de divulgarem a propaganda nazista dos fanáticos israelenses, a imprensa deveria denunciar os extremistas que difamam os árabes e muçulmanos aqui no Brasil para que sejam levados à Justiça.

Os fanáticos sionistas com a ajuda de alguns extremistas evangélicos pró-Israel estão por trás de uma campanha para associar o sagrado e nobre Profeta de Deus, Muhammad (Maomé), com a pedofilia. Cinicamente, eles dizem que o profeta casou com uma menina de seis anos, chamada Aisha, o que é uma grande mentira, calúnia e difamação.Todos especialistas que estudaram a biografia de Aisha afirmam que ela tinha mais de 18 anos quando se casou com o profeta Muhammad e não seis anos como a propaganda nazista judaica tenta colocar na cabeça das pessoas.

Chamo essas pessoas de nazistas por que eles seguem a máxima nazista que dizia que a "mentira muitas vezes repetidas, vira verdade".É isso que eles querem fazer. Repetindo sem serem questionados, transformam em verdade a mentira de que um profeta de Deus era pedófilo.

Vamos combater a canalhice contra os muçulmanos e os palestinos. Chega de difamação!!!


A HISTÓRIA REVELADA: AS FALSAS NOIVAS DO HAMAS

Crianças acompanham noivos até as noivas adultas. Detratores usam foto para difamar o Islã

Desde agosto de 2009, imagens de crianças percorrem a Internet com a finalidade de associar muçulmanos de uma maneira geral e a organização Hamas em particular à prática de pedofilia.

O título da mensagem distribuída, assim como o texto original a que ela faz referência, possuem o viés político, uma vez que associam traço cultural do mundo islâmico a uma organização política, o HAMAS. A sua divulgação faz parte de esforço de grupos contrários ao Hamas no sentido de tornar o Hamas mal-visto pela comunidade internacional.

O traço cultural não é a suposta pedofilia citada na mensagem, mas a presença de meninas da família dos nubentes nos festejos, coisa comum nos casamentos católicos realizados no Brasil.

Hamas é a abreviatura de Harakat al-Muqawamat al-Islamiyyah e significa Movimento de Resistência Islâmica, grupo político com ramificações paramilitares. Tratando-se de grupo paramilitar, que luta contra exércitos poderosos, certamente atrocidades comuns em guerras podem ser encontradas nos dois lados combatentes e que pouco dignificam a raça humana. Daí a criar essa lenda de pedofilia é um longo e obtuso caminho.

Texto original da mensagem em português, hoje não mais disponível, encontrava-se em página de F. Pesaro, vereador da cidade de São Paulo e foi inicialmente publicado no saite thelastcrusade.org cujo nome é bastante significativo: a última cruzada.

Como todos sabem, as cruzadas foram um capítulo sangrento da história, tão trágico que até mesmo o papa João Paulo II pediu desculpas aos gregos ortodoxos pelas "crueldades que os seus fiéis infligiram aos ortodoxos durante a Quarta Cruzada" (v. paroquias.org).

O saite thelastcrusade.org e o vereador paulista parecem pretender uma nova cruzada contra os árabes.

Essa história de pedofilia é uma grande e sórdida mentira. A finalidade é óbvia e dispensa comentários.

Na verdade, as meninas não são as noivas. Elas, as meninas, participam da festa da mesma forma que meninos e meninas brasileiros levam as alianças até o altar nos casamentos realizados nas igrejas católicas.

Os noivos mostrados nas fotos levam as meninas pelas mãos, o que não significa que elas passarão a noite e o resto da vida com eles. Trata-se de costume local em que garotas da família do noivo ou da noiva conduzem o noivo, ou por ele são conduzidas, até o local da cerimônia.
Segundo o Hamas, houve, de fato, em agosto de 2009 o casamento "em massa" de cerca de 450 casais palestinos. A noiva mais jovem tinha 16 anos e a maioria delas tinha mais de 18 anos de idade.

Garotas com dezesseis anos apenas? Isso mesmo. Aqui no Brasil também é assim. Essa é a idade mínima permitida, para casamento, pelo Código Civil Brasileiro.

A CONVENÇÃO SOBRE CONSENTIMENTO PARA CASAMENTO, IDADE MÍNIMA PARA O CASAMENTO E REGISTRO DE CASAMENTO da Organização das Nações Unidas - ONU enrola, enrola, mas não estabelece nenhuma idade mínima, deixando para cada país a decisão.

A ONU dispõe de quadro em que apresenta a idade mínima para casamento nos países a ela filiados. Segundo o quadro Legal Age for Marriage (Idade Legal para Casamento) a idade mínima consentida varia de 13 a 21 anos. Em alguns estados dos EUA, por exemplo, uma garota de 13 anos pode casar.

Destaquemos alguns trechos da "denúncia".

A denúncia é do Phd Paul L. Williams e está publicada no blog thelastcrusade.org e é traduzida com exclusividade no Brasil pelo De Olho Na Mídia

O Phd, Philosopher Doctor Paul L. Williams é um islamófobo notório. Ele está sendo processado pela McMaster University por haver divulgado o boato de que terroristas islâmicos teriam roubado 90 kg de material radioativo dessa universidade, no Canadá.

A universidade nega que tenha havido o roubo e a editora WND Books/ Cumberland House Publishing, que publicou o livro no qual Mr. Williams afirma a ocorrência do roubo, diz que essa história não tem fundamento. (Those statements were without basis in fact. (V. McMaster's atomic PR fight.)

Segundo a mensagem, ninguém mais na imprensa nacional pareceu se interessar pelo assunto [além do saite De Olho na Mídia]. É uma das poucas verdades contidas no texto.

Diz mais: Grandes dignatários muçulmanos, incluindo Mahmud Zahar, um líder do Hamas foram pessoalmente cumprimentar os casais. É natural que dignatários participem de cerimônias desse tipo, até porque significa incentivo ao casamento e à formação de novas famílias. O casamento em massa não deixa de ser um ato político, pois assegura a formação de novas famílias e assegura o crescimento populacional indispensável à ocupação do seu território.

Cada noivo recebeu 500 dólares de presente do Hamas. Não é verdade. Segundo The Palestine Telegraph, cada noivo recebeu o equivalente a U$ 2.800. As famílias dos noivos são pobres e o Hamas decidiu, além de patrocinar a cerimônia, doar algum dinheiro para as novas famílias. Já segundo o New York Times, os casais mais pobres receberam o equivalente a dois mil dólares enquanto outros casais receberam apenas o equivalente a duzentos dólares.

Alguém pode perguntar: noivos e noivas pobres? e esse carro de luxo que conduz uma das meninas? Boa pergunta, mas já vi casamento de pobre aqui no Brasil em que a noiva chega em carro cedido por algum conhecido.

The Palestine Telegraph acrescenta que as noivas são viúvas de ativistas mortos durante os ataques de Israel ocorridos no final de 2008 e início de 2009. Muitos dos noivos são irmãos desses ativistas e noivos e noivas têm menos de vinte e cinco anos de idade.


A primeira das fotos foi escolhida a dedo, como se diz. Selecionada de modo a provocar o maior impacto possível.

O rostinho das crianças revela algum tipo de insatisfação, seja por conta do cansaço, por conta da insistência do fotógrafo, sede, sono ou outra coisa qualquer. Mas a primeira interpretação que vem à mente de pessoa mais infuenciável é que a carinha triste indica o também triste destino que estaria a esperá-las.



Conclusão: ser contra ou a favor do Hamas é uma coisa. Outra coisa é a existência do "casamento pedófilo".

Arquivo em formato .pps, com teor semelhante e algumas fotos a mais, circula em fevereiro de 2011.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

EMBAIXADA DO MAL

EMBAIXADA DOS EUA INSTIGA IMPRENSA CONTRA MUÇULMANOS NO PAÍS

Documentação diplomática da embaixada estadunidense em Brasília, revelada pelo sítio Wikileaks, mostra como a representação dos EUA no país influencia e manipula a chamada "grande mídia" contra os muçulmanos. Trata-se de uma estratégia para instrumentalizar a imprensa brasileira e, assim, difamar a Religião Islâmica e os seus seguidores. Acompanhe:

Viewing cable 09BRASILIA1435 –http://213.251.145.96/cable/2009/12/09BRASILIA1435.html - CONFIDENTIAL – Embassy Brasilia

Excerto do item CONFIDENCIAL do telegrama 09BRASILIA1435

ASSUNTO:

Estratégia para Engajar o Brasil na “Difamação de Religiões”[1]

1. (C) RESUMO: A posição do Brasil na questão da “difamação de religiões” na comissão de Direitos Humanos da ONU reflete a conciliação entre as objeções do país à ideia (objeções baseadas num conceito do que sejam Direitos Humanos) e o desejo de não antagonizar os países da Organisation of the Islamic Conference (OIC) com os quais tenta construir relações e que o Brasil vê como importante conjunto de votos a favor de o Brasil conseguir assento permanente no CSONU. À luz da argumentação a favor da abstenção do Brasil, proponho abordagem de quatro braços, envolvendo aproximação com os altos escalões do Ministério de Relações Exteriores; uma visita a Brasília, para pesquisar meios de trabalhar com o governo do Brasil, nessa e noutras questões de direitos humanos; outros governos que possam conversar com o governo do Brasil; e uma campanha mais intensa pela mídia e mobilizando comunidades religiosas a favor de não se punir quem difame religiões . FIM DO RESUMO.

(…)

Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras: Até agora, nenhum grupo religioso no Brasil assumiu a defesa da difamação de religiões. Mas o Brasil é sociedade multirreligiosa e multiétnica, que valoriza a liberdade de religião. Um esforço para difundir a consciência sobre os danos que podem advir de se proibir a difamação das religiões pode render bons dividendos. Grandes veículos de imprensa, como O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja, podem dedicar-se a informar sobre os riscos que podem advir de punir-se quem difame religiões, sobretudo entre a elite do país.

Essa embaixada tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados. Visitas ao Brasil, de altos funcionários do governo dos EUA seriam excelente oportunidade para pautar a questão para a imprensa brasileira. Outra vez, especialistas e funcionários de outros governos e países que apóiem nossa posição a favor de não se punir quem difame religiões garantiriam importante ímpeto aos nossos esforços.

Essa campanha também deve ser orientada às comunidades religiosas que parecem ter influência sobre o governo do Brasil, quando se opuseram à visita ao Brasil do presidente Ahmadinejad do Irã, em novembro. Particularmente os Bahab e a comunidade judaica, expandidos para incluir católicos e evangélicos e até grupos indígenas e muçulmanos moderados interessados em proteger quem difame religiões [sic]. [assina] KUBISKE

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[1] Há matéria da Reuters sobre o assunto, de seis meses antes desse telegrama, emhttp://www.reuters.com/article/2009/03/26/us-religion-defamation-idUSTRE52P60220090326, em que se lê: “Um fórum da ONU aprovou ontem resolução que condena a “difamação de religiões” como violação de direitos humanos, apesar das muitas preocupações de que a condenação possa ajudar a defesa da livre expressão em países muçulmanos (sic)” [NTs].

Agora, veja as manchetes sobre o ataque no Rio de Janeiro:

1 – Folha de São Paulo: “07/04/2011 – 10h53

Irmã de atirador diz que ele era ligado ao Islamismo e não saía muito de casa; ele deixou carta suicida(…)”

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/04/07/irma-de-atirador-diz-que-ele-era-ligado-ao-islamismo-e-nao-saia-muito-de-casa-ele-deixou-carta-suicida.jhtm

2 – Jornal Extra das Organizações Globo: “07/04/2011 às 11:24. Atualizado em 07/04/2011 às 11:37

Autor do massacre em escola de Realengo se interessava por assuntos ligados ao terrorismo

Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, identificado pela polícia como o autor do massacre na Escola Municipal Tasso de Silveira, em Realengo, estava com uma carta suicida, que falava sobre islamismo e terrorismo. O assunto interessava ao assassino, que estudou na escola.(…)”
http://extra.globo.com/casos-de-policia/autor-do-massacre-em-escola-de-realengo-se-interessava-por-assuntos-ligados-ao-terrorismo-1525139.html

3 – Colunas Época/O Globo:

“Homem entra em escola e atira em alunos no Rio de Janeiro
10:53 AM, ABRIL 7, 2011 (…)

Segundo a Globo News, a polícia informou que a carta “tinha referências à religião muçulmana”. O site do jornal O Globo cita entrevista do comandante do 14º Batalhão da PM, Djalma Beltrame, à Band News, que afirmou que o conteúdo da carta teria “características fundamentalistas”. “Ele entrava na internet para ter acesso a coisas que não fazem parte do nosso povo. É um louco. Só uma pessoa alucinada poderia fazer isso com crianças”, disse.(…)”
http://colunas.epoca.globo.com/falabrasil/2011/04/07/homem-entra-em-escola-e-atira-em-alunos-no-rio-de-janeiro/

4 – Jornal O Globo: “Publicada em 07/04/2011 às 12h20m
MASSACRE NO COLÉGIO

Atirador que invadiu escola municipal em Realengo é identificado“(…) Beltrame acrescentou, inclusive, que Wellington costumava entrar em sites de cunho fundamentalista. (…)”
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/07/atirador-que-invadiu-escola-municipal-em-realengo-identificado-924179565.asp

5 – E o pastor Marco Feliciano, o mesmo que disse que africanos são homossexuais, tenta tirar proveito da tragédia:
“Profecia: Ataque nas escolas. Leia na integra:
http://www.marcofeliciano.com.br/site/?page=materia&MA_ID_MOD=1172

*Artigo extraído do site Ibei do Paraná



domingo, 10 de abril de 2011

"VEJA" SEMEIA ÓDIO CONTRA MUÇULMANOS NO BRASIL

Por Abdul Haikal*

A revista "Veja" tem se pautado por uma trajetória sombria, fazendo de suas páginas semente do sectarismo religioso, que tenta plantar entre os brasileiros. Abandona o pódio de grande veículo de comunicação assumindo a postura panfletária de um mercador que vai à rua oferecer o medo e o terror como produto de ocasião para incautos transeuntes.

Com redações e textos "estéticos" maquiando a verdade com meias verdades e roteiros de filme americano, a "Veja" tenta subir o gráfico de suas vendas enquanto desce a ladeira do descrédito embalada pela parcialidade jornalistica. A apelação sensacionalista não mede consequências ao mergulhar seus leitores em medos imaginários a partir de fatos corriqueiros reais ou irreais, estampando em sua capa folclóricos personagens, típicos do cinema mudo, mas sem a sutileza e a graça do grande mestre Charles Chaplin.


Uma delas foi a matéria publicada na edição nº 1870 com o título "OsMadraçais (sic) do MST" que entre outras pérolas do jornalismo da desinformação afirmava: "Assim como os internos muçulmanos, as escolas dos sem-terra ensinam o ódio e instigam a revolução contra os infiéis . No caso os infiéis somos todos nós". A frase revela a o esforço de separar o mundo em dois grupos : "nós e os muçulmanos inimigos". Com deplorável desonestidade intelectual, "Veja" distorce a verdadeira natureza do islã e revela desconhecimento do significado de palavra de origem árabe "madrassi", que traduzida para o português significa "escola".

A matéria mirava no MST mas atirava no islamismo, dando como fato consumado, como verdade absoluta a suposta belicosidade da religião islâmica que estaria contida na grade escolar. De forma subliminar, "Veja" incentiva a desconfiança e o ódio contra o islamismo, apresentando-o como ameaça aos não islâmicos no Brasil, país eminentemente católico. Os editores da revista abraçam o ridículo afirmando que "O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra criou sua versão das madraçais - internatos religiosos muçulmanos em que crianças aprendem a recitar o Corão e dar a vida em nome do Islã." De forma leviana e irresponsável "Veja" dissemina para seus leitores a ideia que escolas em países de maioria islâmica induzem suas crianças á prática de suicídio em nome de teses e conceitos religiosos, associando esta prática ao conteúdo do livro sagrado dos muçulmanos.

Em suas edições para satanizar a segunda maior religião do mundo, a Editora Abril tem ignorado a própria história da humanidade que revela um islã marcado pela tolerância e pelo respeito á diversidade cultural das nações sob domínio islâmico como na Penisula Ibérica, quando registrou um período de florescência,na arquitetura, arte,musica,comércio e na livre prática de todas as religiões. Andaluzia e Córdoba foram berço da diversidade cultural da humanidade no período das trevas da idade média. O islamismo contemporâneo continua mostrando a grandeza da criação divina , o ser humano ,com as fantásticas realizações de Abu Dhabi e Dubai nos Emirados Árabes onde 80% dos moradores são estrangeiros vindos dos quatro cantos do planeta. O Islã é a religião que mais cresce no planeta, talvez porque um dos preceitos alcorãnicos mais importantes seja justamente a tolerância e o respeito á cultura de outras nações.


Estudei até os sete anos de idade na Síria. Filho de pai islâmico "sunni" e mãe brasileira católica minha "madrassi" era um colégio católico tradicional na cidade portuária de Tartous dirigida por freiras fransicanas. Lá existem madrassi's públicas e particulares podem ser alauitas, católicas, muçulmanas, judias ou batistas. Existe "madrassi" de música","madrassi" de arte, "madrassi" de dança ,"madrassi" de teatro,etc...

Madrassi ou escola é palavra universal, que lembra educação, usada por todas as nações, cada uma em sua respectiva língua. Madrassi só é sinonimo de ódio religioso no dicionário da revista "Veja".

Visitei "madaris" nos acampamentos de refugiados palestinos "Mie bil Mie" (100%) e "Ayun Helue" (olhos bonitos) na cidade da Saida no sul do Líbano. Nas madrassi's palestinas estudavam crianças católicas,muçulmanas e agnósticas. Inteligência de um povo sofrido que não embarcou no sectarismo religioso para evitar a desintegração de sua identidade e sua cultura,maior elo de sua unidade nacional , já que o território lhes foi tomado.

Bem que a "Veja" podia aprender com o sofrimento alheio.

Na primeira semana de abril nova edição da revista "Veja" estampando sua quixotesca "cruzada tupiniquim" que tenta importar e semear o sectarismo religioso no Brasil. Com texto tão pobre quanto suas intenções a revista usa o velho e surrado clichê de apresentar "personagens maquiados " para encaixar no sensacional título da reportagem, acrescentando "recheio" bombástico a fato trivial , que o genial Nelson Rodriguez chamaria de "o óbvio ululante".


Na última edição com titulo "A Rede do Terror no Brasil" a revista relata a existência de uma "célula terrorista" em nosso país, e para dar credibilidade às suas afirmações, se agarra em relatórios de investigação do FBI e da CIA, mesmos órgãos que investigaram e localizaram armas de "destruição em massa" usados como argumento para justificar a invasão do Iraque.

Oito anos depois, 4.000 soldados americanos e mais de um milhão de iraquianos mortos, ninguém achou as "armas de destruição em massa". Os EUA estão procurando até hoje...só acharam petróleo!


A primorosa matéria da "Veja" postada no alto começa com: "Khelled Hussein nasceu em 1970,no leste do Líbano. Seguidor da corrente sunita do islamismo, prestou serviço militar. Depois, sumiu. No inicio dos anos 90, reapareceu em São Paulo." Quanto mistério!

Khaled nasceu na década de 70 ,"sumiu "depois de prestar serviço militar" e "reapareceu nos anos 90"? Hora, o serviço militar no Líbano é prestado até os 20 anos de idade, Khalled,que segundo a revista nasceu em 1970 em 1990 tinha 20 anos de idade! Ele reapareceu no inicio dos anos 90. Aí fica uma pergunta: afinal quando foi que ele sumiu?


Todos os árabes que conheci no Líbano tem paixão pelo Brasil. Khalled não é diferente.

Lá no leste do Líbano ele "sumiu" ? A revista Veja esteve no leste do Líbano e descobriu que ele tinha sumido?

Estive no leste do Líbano na cidade de Baalbek no vale de Beeka ,de maioria xiita. Estive nas montanhas Chouf, território dos Drusos, em Tripoli no norte e nas encantadoras localidades de June e Biblos, redutos predominantemente católicos. Também circulei nas partes oriental e ocidental de Beirute em 1982, 83, 84 e 87 compartilhando dos sonhos de paz do povo libanês e das generosas refeições feitas em bandejas de cizal onde traziam a saborosa comida árabe. As conversas que assumiam ares filosoficos giraram em torno da origem do vento,da vida e da derrota da seleção brasileira para Itália com 3 gols de Paulo Rossi, sem falar nos efeitos medicinais de azeitona ou da beleza das montanhas e desembocavam em piadas e grandes gargalhadas. É um povo que ri,chora,dança,canta, ama e é amado como todos as nações da terra. A marca daquele povo é a hospitalidade. Ser brasileiro nos países árabes garante a qualquer um tratamento vip dado ás celebridades.

Mas ,aqui,em terras tupiniquins , quem transforma anonimos da multidão em celebridade é a revista da Editora Abril. Foi o que fez com Khelled Ali ,que posou sorridente para o fotografoda "Veja" diante da perspectiva de fazer propaganda gratuita de sua lan house, como bom árabe que é. De graça, Khaled, pega até onibus errado. Segundo a revista, "Ali reapareceu em São Paulo na década de 90 casou-se teve uma filha. Graças a ela ,obteve, em 1998,o direito de viver no Brasil. Mora em Itaquera,na zona leste paulistana,sustenta sua família com os lucros de uma lan house". Esta história pode se enquadrar perfeitamente na vida dos próprios donos da Editora Abril judeus que conheceram os horrores da intolerância e da perseguição ,que hoje, a revista "Veja" tenta disseminar.

Milhões de imigrantes de origem árabe abriram um negócio no Brasil, casaram, tiveram filhos com brasileiras e fincaram suas raízes neste país. Milhões de brasileiros poderão olhar para o vizinho ao lado e encontrar alguém com o perfil do personagem que "Veja" tenta rotular como "terrorista".

A matéria envereda pelos caminhos do imponderável e do humoristico quando afirma: "Ali leva uma vida dupla. É um dos chefes do braço propagandístico da Al Qaeda, a organização terrorista comandada pelo saudita Osama Bin Laden". Ele é dono de uma lan house e certamente deve trabalhar com computador,como faria um açogueiro que trabalha com carne, o padeiro com pão ou um nomade com seus camelos. A CIA, FBI, Tesouro americano e o "Inspetor Closeau" que além de trabalhar com a pantera cor de rosa presta serviços para a revista chegaram a "óbvia" conclusão publicada pela Veja.

O problema é que o raciocínio lógico não fecha a conta! Bin Laden que tem 10 vezes mais dinheiro que a Editora Abril , poderia ter contratado um publicitário ou um jornalista que goza de intimidade com a lingua portuguesa para fazer propaganda da Al Qaida. Mas este tal de Osama (Mister) Bin Laden deve ser amador ou mal assesorado, foi contratar logo um libanes de sotaque carregado que mal pronuncia algumas palavras em portugues para fazer propaganda no Brasil!?? Pior ,o cara virou capa da revista Veja ,estampando no rosto um largo sorriso de quem vai divulgar seu negócio para o Brasil inteiro. Ele está mais para um comerciante sortudo do que para um terrorista da Al Qaeda. Imaginem o Khaled Ali falando: " Brimo fala pro titia bassa la no meu casa, bra come a beru na natal". Ou ainda falando em código ao fazer fézinha no jogo do bicho para levantar dinheiro para a organização terrorista: "Nós vai joga na bicho que começa com o letra "b". Todo mundo da organização joga na borboleta". Só ele joga na "beru".

Agora estou preocupado. Diante deste teclado, nome, descendencia árabe e islâmica, dono de computador expressando indignação com os irresponsáveis que semeam ódio religioso em território brasileiro, eu seria enquadrado no grupo de "suspeitos" de "envolvimento com terrorismo", segundo os critérios da "Veja".

A seriedade que a revista tentou dar a esta última publicação,certamente foi levada em conta pelo Ministério Público Federal. Foi por isso que o MPF mandou soltar o "brimo" Khalled Ali e arquivar o processo.

Para frustração de "Veja" revista conhecida em Minas Gerais como "Óia"

Mas o que entrará para o anedotário jornalistico é sem dúvida a pérola publicada pela Veja que acusa um árabe muçulmano de "disseminar ódio contra judeus e negros"! Negros? Como assim? Que vergonha para a Editora Abril e para a revista "Veja". Usar a bandeira da tolerância para incitar a intolerancia religiosa e racial no Brasil.

Mais de 80% dos islamicos no mundo são negros. Sudão, Argélia, Tunisia e Somália são alguns das dezenas de países de população árabe-negra muçulmana do mundo. É como alguem dar tiro no próprio pé. O personagem na capa da revista "Veja", Khalled, não me parece um branquinho de olho azul....
Esta revista não se corrige. Depois, reclama das campanhas de movimentos sociais que a acusam de mentirosa e manipuladora.

Veja foi protagonista da maior farsa jornalística da história do Estado da Bahia quando transformou um traficante de drogas conhecido como Luís Henrique Franco Timóteo em celebridade, bublicando fantasiosa versão de que um "ataque de bioterrorismo" teria disseminado a praga da vassoura da bruxa nas plantações de cacau no sul da Bahia na década de 90. Segundo a matéria da "Veja" Luis Henrique Franco Timóteo que seria militante de esquerda teria se reunido com um grupo do PT para "destruir as elites economicas do cacau que davam sustentação aos seus adversários politicos"

Na inverossímil versão, Luís Henrique com outros personagens, incluindo o ex prefeito de Itabuna Geraldo Simões atualmente Deputado Federal pelo PT da Bahia, teriam viajado até Rondônia para buscar os fungos de vassoura de bruxa e uma vez retornando á Bahia teriam espalhado o fungo nas plantações de cacau. A fantasiosa versão foi desmentida por biólogos e especialistas que provaram a impossibilidade técnica de contaminação das plantações de cacau através deste processo. A revista foi processada pelo Dep. Geraldo Simões que desmentiu o factóide midiático .

Mais tarde descubriu-se que tudo não passava de uma farsa, com objetivos politico eleitorais, que renderam uma "graninha" para o traficante de drogas. Luis Henrique junto com a homicida Sandra Cássia Souza de Oliveira Santos, mãe do ex goleiro Bruno do Flamengo, fraudaram escritura de um terreno na localidade de Santo André em Santa Cruz Cabrália -Bahia para tentar surrupiar o terreno deste que vos escreve.

Ao ler a revista "Veja", conhecida como "Óia" em Minas Gerais...veja bem...!!

* Abdul Haikal é consultor e microempresário de Duque de Caxias (RJ)

* Artigo extraído do site Ibei do Paraná