quarta-feira, 28 de maio de 2008

BOMBAS DE FRAGMENTAÇÃO


Um tratado internacional que proibe o uso, a fabricação e o armazenamento de bombas de fragmentação foi aprovado por 109 países, nesta quarta-feira (28), em Dublin, na Irlanda. O documento agora será ratificado em uma cerimônia que será realizada no dia 2 de dezembro, em Oslo, na Noruega.

O acordo em si é um grande avanço para prevenir o uso desta arma letal, desenvolvida para atingir alvos militares, mas que tem feito milhares de vítimas na população civil em várias partes do planeta.

De acordo com dados de Organizações Não-Governamentais (ONGs) ligadas ao assunto, 85% das vítimas das bombas de fragmentação são civis.

O lado negativo da conferência é que o tratado não foi discutido e nem assinado pelos principais produtores e usuários deste tipo de armas como os Estados Unidos, Israel, Rússia, China, Índia e Paquistão, que se opõem à sua proibição.

Afeganistão, Iraque, Bósnia, Laos e Líbano são os países que mais sofrem com as bombas de fragmentação.

O Líbano passou a sofrer com os males desta arma a partir de agosto de 2006, época em que os terroristas judeus lançaram mais de 1 milhão de bombas de fragmentação nos últimos dias das agressões israelitas contra os libaneses, quando já havia se chegado a um acordo para colocar fim aos ataques bélicos.

A bomba de fragmentação pode ser lançada a partir da terra, mar ou ar, e ao se abrir durante a trajetória, deixa cair cargas explosivas.

De 5% a 30% destas cargas não explodem ao entrar em contato com o solo, representando perigo permanente para a população das áreas atingidas.

Apesar de haver algumas exceções, na maioria dos casos, estas cargas não possuem mecanismos de "auto-segurança", que permitem que elas venham a se autodestruir ou se autodesativarem quando elas não são explodidas.

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