sábado, 6 de dezembro de 2008

APARTHEID ISRAELITA


Uma associação que defende os direitos civis em Israel divulgou um relatório no qual comparou as políticas israelenses adotadas contra os palestinos na Cisjordânia com o sistema racista do apartheid imposta pelos brancos contra os negros na África do Sul.


De acordo com o relatório da Associação pelos Direitos Civis em Israel (ACRI, em inglês), os 2,3 milhões de palestinos que vivem na Cisjordânia são tratados conforme as leis militares e administrativas dos israelenses, o que gera uma segregação entre a população palestina e os colonos judeus, que habitam ilegalmente esta região, e são tratados sob a lei civil.


Ainda conforme o texto, a discriminação nos serviços e no acesso aos recursos naturais entre os palestinos e os colonos constitui uma grave violação do princípio da igualdade, realidade esta que se compara com a do apartheid.


Pelas leis militares e administrativas de Israel, os palestinos sofrem restrições dentro de seu prórpio território para construir e desenvolver a infra-estrutura de suas cidades e aldeias. Por outro lado, os colonos têm acesso a estradas modernas e outro serviços de qualidade.


Estimativa da ONU mostram que 65% das estradas que dão acesso para as 18 cidades mais populosas da Cisjordânia estão bloqueadas ou são controladas pelas barreiras israelenses. Mais de 600 barreiras impendem os palestinos de se locomoverem na Cisjordânia.


"Os colonos judeus nos territórios palestinos criaram uma situação de discriminação e segregação institucionalizadas", disse a ACRI.


Além da situação na Cisjordânia, Israel impõe atualmente um cerco criminoso na Faixa de Gaza, onde mora uma população de 1,6 milhões palestinos. O bloqueio tem gerado falta de combustíveis, paralisações de hospitais e problemas humanitários nessa área palestina.

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