domingo, 16 de novembro de 2008

DEVEMOS COMEMORAR?

A chegada pela primeira vez na história de um negro descendente de africanos à presidência dos Estados Unidos, por si só, faz da vitória de Barack Hussein Obama um fato histórico.


O alto índice de comparecimento do eleitor, especialmente dos jovens, em um sistema onde o voto é facultativo, mostra que o cidadão comum norte-americano cansou das políticas nocivas que prejudicaram o país adotadas, tanto no campo interno como no externo, pela administração de George W. Bush, e expressou por meio das urnas o seu desejo de mudanças urgentes.


A vitória de Obama foi, portanto, resultado da vontade de mudar dos norte-americanos, não só em relação aos assuntos internos, mas também no que se refere a política externa norte-americana. Atualmente, os Estados Unidos empreendem duas guerras criminosas - uma no Iraque e outra no Afeganistão -, implantaram a famigerada "guerra contra o terror", promoveram a tortura, o genocídio, violações dos direitos humanos, a construção de prisões secretas, campos de concentração (Guantânamo) e continuam a incitar o ódio e perseguições, principalmente, contra os árabes e muçulmanos.


A troca de cor não significa que as mudanças desejadas pelos norte-americanos e pelo o mundo serão implantadas de fato. É preciso jogar água fria na euforia causada com a vitória de Obama.


As mudanças não dependem só do presidente negro eleito para administrar um país dominado por racistas brancos e fundamentalistas religiosos, cujos os mais extremistas já ameaçaram Obama de morte caso este tente mudar certas políticas adotadas nos Estados Unidos.


A esperança pode se transformar em frustação caso Obama, por medo ou pressão, não respeite a mensagem que saiu das urnas por mudanças e persista em manter os mesmos erros das administrações passadas.

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