domingo, 24 de abril de 2011

DE MÃOS DADAS COM A MENTIRA

No dia 11 de janeiro deste ano, fui surpreendido com um e-mail que foi enviado para mim por uma amiga de infância que continha em anexo um documento de PowerPoint falando sobre um casamento coletivo com crianças, algumas delas de até 4 anos, que teria acontecido na Faixa de Gaza, na Palestina, em 2009 .

Fiquei estarrecido não somente com o conteúdo do documento, mas com o fato de que as pessoas que tiveram acesso ao texto, acreditavam que as informações passadas eram verdadeiras. Pessoas adultas e com formação que não tiveram a percepção de que aquela “denúncia” não passava de uma farsa.

Respondi ao e-mail mostrando que o casamento coletivo com crianças em Gaza não passava de uma farsa para difamar os palestinos, os árabes e os muçulmanos de uma vez só. Minha amiga se conveceu e me pediu desculpas, afirmando que não iria repassar aquele documento para mais ninguém. Mostrei que o casamento de fato ocorreu, mas era entre adultos.

As crianças que aparecem nas fotos não estão se casando e sim acompanhando os noivos até as noivas, essas sim maiores de idade, em um casamento coletivo promovido para ajudar casais com dificuldades financeiras.

Sim! O casamento coletivo com crianças na Faixa de Gaza, patrocinado pelo Hamas, é uma mentira sórdida e uma farsa que vem sendo propagada, há alguns anos, no Brasil, inclusive, por jornais que afirmam praticar o bom jornalismo.

Um desses matutinos é o jornal A Crítica, do Amazonas, que resolveu publicar, hoje, 24 de abril de 2011, na página A14, do caderno Mundo, a “denúncia” publicada no blog de nome infâme thelastcrusade (a última cruzada, em tradução livre) do filósofo Paul L. Williams, um conhecido islamófobo (incitador de ódio contra os muçulmanos).

A matéria de Paul L. Williams começou a circular em agosto de 2009, porém, só agora, em abril de 2011, com mais de um ano e meio de atraso, o jornal A Crítica resolveu publicar essa matéria caluniosa como se o episódio tivesse acontecido recentemente.

Com 62 anos de existência, completados no último dia 19 de abril, parece que o jornal A Crítica não aprendeu que é preciso ouvir o outro lado da versão, exercer o direito ao contraditório.A Crítica publicou a matéria caluniosa sem ouvir o outro lado. Em nenhum momento, há a versão do lado palestino.

Na matéria de Paul L. Williams, são colocadas declarações dos oficiais palestinos falando sobre o casamento entre os adultos como se eles tivessem falando sobre o casamento com crianças, comportamento típico de jornalismo vagabundo.

Essa história de que o Hamas patrocinou um casamento coletivo com crianças é uma canalhice que os inimigos dos palestinos, dos árabes e dos muçulmanos montaram para difamar esses povos. Os detratores querem “colar” a idéia de que o Islã e os muçulmanos apóiam a pedofilia, que é considerado um crime abominável no Islã.

Não sei como o jornal A Crítica e as pessoas que tiveram acesso a essa propaganda não se dão ao luxo de investigar antes de repassar essa farsa para dezenas de pessoas e com isso contribuir, indiretamente, para propaganda nazista dos detratores islamofóbicos que montaram e estão por trás dessa farsa.

Não podemos esquecer que o Hamas é um grupo que combate a ocupação israelense nos territórios ocupados palestinos. Portanto, os israelenses tem todos os motivos e interesses do mundo para difamarem o Hamas e o Aitollah Khomeine, que era outro que denunciava o terrorismo israelita e o genocídio que os judeus cometem contra a população árabe na Palestina.

O casamento ocorreu com mulheres adultas, muitas delas, ficaram viúvas em decorrência dos assassinatos que a ocupação israelense pratica na Palestina. Mas as noivas verdadeiras foram propositadamente omitidas e no lugar delas colocaram as crianças que são as damas de honra, algo que é muito comum nos casamentos no Oriente. É comum crianças acompanharem os noivos e noivas lá como acontece no Brasil.

Mas de forma sacana, os sionistas e detratores dos muçulmanos mostraram só as fotos do momento que as crianças acompanhavam os noivos até as suas verdadeiras noivas adultas.

O site de Olho na Mídia foi criado e é mantido por extremistas sionistas , que são apoiadores fanáticos de Israel. É do interesse deles difamarem os palestinos e os muçulmanos para eles poderem justificar a matança, o roubo de terras e o genocídio que os judeus sionistas cometem na Palestina, há quase um século.

Jornais do Brasil como o Globo e o Estadão falaram sobre o casamento coletivo, mas em nenhum momento eles citam que o casamento foi com crianças. Ao contrário, eles lembraram que o casamento foi para ajudar casais pobres e mulheres viúvas o que é extremamente louvável. Porém, os sionistas inverteram e conseguiram incultar na cabeça de uns que o casamento era com crianças.

Veja links abaixo:



Outro blog que denunciou a farsa foi esse. O texto é excelente: http://www.quatrocantos.com/LENDAS/402_noivas_hamas_pedofilia.htm

Desafio também os canalhas que bancam essa farsa a apresentarem um vídeo com a voz do falecido Aitollah Khomeine onde ele fala o que foi atribuído a ele de forma sacana no documento falso que está sendo enviado e que A Crítica publicou.

O Aitollah Khomeine jamais apoiou o casamento com crianças e nem o faria, pois como grande líder religioso que foi, ele sabia que o Islã proíbe a pedofilia e o prazer sexual com crianças.

Todos os sites, jornais e blogs que deram valor para essa farsa são sites cujos donos são judeus ou simpatizantes de Israel. Ou seja, sites e blogs vagabundos criados ou controlados por gente extremista e vagabunda.

Não acredito na inocência de quem fabricou esse conteúdo nocivo do casamento coletivo com crianças. Este documento deve ser encaminhado ao Ministério Público, as entidades defensoras dos direitos dos palestinos e dos muçulmanos do Brasil.

É preciso tomar cuidado com a públicação desse tipo de material. É preciso investigar primeiro antes de publicar uma ofensa dessas.Ao invês de divulgarem a propaganda nazista dos fanáticos israelenses, a imprensa deveria denunciar os extremistas que difamam os árabes e muçulmanos aqui no Brasil para que sejam levados à Justiça.

Os fanáticos sionistas com a ajuda de alguns extremistas evangélicos pró-Israel estão por trás de uma campanha para associar o sagrado e nobre Profeta de Deus, Muhammad (Maomé), com a pedofilia. Cinicamente, eles dizem que o profeta casou com uma menina de seis anos, chamada Aisha, o que é uma grande mentira, calúnia e difamação.Todos especialistas que estudaram a biografia de Aisha afirmam que ela tinha mais de 18 anos quando se casou com o profeta Muhammad e não seis anos como a propaganda nazista judaica tenta colocar na cabeça das pessoas.

Chamo essas pessoas de nazistas por que eles seguem a máxima nazista que dizia que a "mentira muitas vezes repetidas, vira verdade".É isso que eles querem fazer. Repetindo sem serem questionados, transformam em verdade a mentira de que um profeta de Deus era pedófilo.

Vamos combater a canalhice contra os muçulmanos e os palestinos. Chega de difamação!!!

2 comentários:

Com noção disse...

Que triste isso, fico pensando que fonte de informação utilizar para me manter atualizada? Uma vez que um meio de comunicação que deveria ter informações sérias, vem com uma falta de respeito dessa ao seus leitores e além de errônea, antiga.#pácabá

Berg e Jeanne disse...

Lamentável mesmo. Eu recebi esse email algumas vezes e nunca reenviei,
agora eu tornei a receber e pediam ironicamente pra comentar. Não sou muçulmana mas todos sabem que não admito difamação do Islam em hipótese alguma. Ainda bem que desta vez eu resolvi pesquisar algo na internet a achei esse texto no seu blog, já enviei o link dele a quem enviou o email e pedi que este repassasse em justiça ao que tinha me enviado. Gostaria que isso fosse mais amplamente divulgado mas nao tenho muitas habilidades no computador para fazê-lo, mas parabéns pelo texto e pelo blog, de agora em diante vou acessa-lo sempre.