quarta-feira, 12 de março de 2008

O TERROR ISRAELENSE E A COLÔMBIA

O Tribunal de Moscou autorizou a extradição para a Colômbia do ex-coronel israelense, o mercenário Yair Klein, condenado à revelia no país por terrorismo.

Klein tem pendente na Colômbia uma condenação de dez anos e oito meses de prisão, que lhe foi imposta em 2001 por "instrução, treinamento em táticas, técnicas e procedimentos militares terroristas", crimes que se agravaram por "terem sido cometidos com mercenários".

Klein treinou comandos paramilitares no início da década de 80, quando surgiram na região colombiana de Magdalena Medio os grupos camponeses conhecidos como "autodefesas", que tinham o objetivo de combater as guerrilhas esquerdistas.

Estes grupos armados se transformaram mais tarde nas Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), acusadas de vários crimes de lesa-humanidade e que, após negociarem com o Governo entre 2003 e 2006, desmobilizaram mais de 31 mil de seus combatentes.

Segundo as investigações, Klein esteve a serviço dos extintos chefões do Cartel de Medellín, entre eles Gonzalo Rodríguez Gacha e Pablo Escobar.

O mercenário israelense foi preso em agosto do ano passado no aeroporto Domodédovo, em Moscou, quando pretendia viajar para Israel.

Sua prisão foi realizada por soldados do Departamento antiterrorista do Ministério do Interior da Rússia e por agentes da Interpol. Klein é procurado em mais de 180 países do mundo.

A participação de terroristas israelenses no conflito colombiano já havia sido denunciado pelo comando das Farc ( Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia ), em julho de 2005.

Nesta época, o jornal colombiano “Semana” publicou a notícia de que um grupo israelense, composto por ex-oficiais do exército de Israel, está colaborando na luta contra os insurgentes e os narctraficantes.

Segundo o jornal, o grupo é formado por três generais e um coronel israelensese reformados, todos especializados em inteligência e contra-espionagem.

Estes mercenários israelenses assassinaram camponeses na Colômbia e jogaram a culpa sobre as Farc.

A participação israelense no conflito colombiano não se limita apenas aos mercenários sionistas. Recentemente, o governo israelense vendeu aviões de guerra para as Forças Armadas da Colômbia combater as guerrilhas de esquerda.

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