quarta-feira, 12 de março de 2008

LISTA SEM CREDIBILIDADE

O governo sírio protestou hoje contra os Estados Unidos pelo relatório publicado ontem por Washington, no qual a Síria aparece na "lista negra" dos principais violadores de direitos humanos do mundo.

Damasco assegurou que a administração americana não tem autoridade moral para julgar a Síria, segundo informou hoje a agência estatal de notícias Sana.

"As acusações feitas por parte do governo americano se baseiam em motivos políticos, e não em dados objetivos", declarou uma fonte oficial do Ministério de Assuntos Exteriores citada pela agência Sana.

A mesma fonte destacou que se o relatório elaborado anualmente pelo Departamento de Estado americano sobre os direitos humanos fosse realmente objetivo, teria que incluir o próprio EUA entre os principais violadores destes direitos.

A prisão de Guantánamo (Cuba), a de Abu Ghraib (Iraque), os vôos secretos fretados pela CIA (serviço secreto de inteligência dos EUA) para transportar supostos terroristas e os campos de detenção ilegais, são alguns dos exemplos citados pelo o Ministério de Assuntos Exteriores para demonstrar a violação dos direitos humanos por parte do governo americano de George W. Bush.

"A última prova disso é o veto de Bush à proibição de alguns métodos de tortura em seu país", acrescentou. A fonte também criticou os EUA por sua indiferença perante a violação de direitos humanos básicos por parte de Israel na Faixa de Gaza e pelo assassinato de crianças pelas mãos do Exército israelense.

O Departamento de Estado americano elabora um extenso relatório anual sobre a situação dos direitos humanos em praticamente todos os países do mundo.

No relatório de 2007, publicado ontem, os EUA asseguram que há dez países cujos dirigentes "não prestam contas" entre eles a Síria, junto à Coréia do Norte, Mianmar, Irã, Cuba ou Belarus.

A Síria costuma aparecer nas "listas negras" dos EUA, entre os países rebeldes e pouco democráticos, que apóiam o terrorismo ou que não respeitam os direitos humanos.

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