domingo, 1 de junho de 2008

LIBERDADE


Em janeiro deste ano, o secretário-geral do Hezbollah, Sayed Hassan Nasrallah, anunciou que a Resistência possuía em seu poder os restos mortais de vários soldados sionistas que haviam sido deixados para trás pelo exército israelense após a fracassada invasão do território libanês em julho de 2006.

Na ocasião, o líder da resistência disse que os soldados mortos seriam trocados pelos prisioneiros libaneses que aindam estavam nos cárceres judaicos.

Neste domingo (1º de junho), a promessa do Sayed Hassan Nasrallah começou a se concretizar e o sol da liberdade raiou para o prisioneiro libanês Nessim Nesr, 40, detido em Israel desde 2002, acusado de passar informações ao Hezbollah.

Nesr foi solto hoje como parte de uma troca maior que resultará em breve na libertação de outros detidos libaneses e a devolução dos restos mortais de pelo menos dez combatentes da resistência que estão em poder dos israelenses.

Entre eles, o prisioneiro mais antigo mantido pelos sionistas, Samir Kuntar. Membro da comunidade drusa do Líbano, ele foi capturado depois de participar de um ataque contra alvos israelenses, em 1979. Embora não seja integrante do Hezbollah, Kuntar é prioridade na lista de prisioneiros que devem ser libertados pelos esforços do grupo de resistência.

Em troca da libertação dos libaneses, o Hezbollah devolverá os dois soldados israelenses capturados em 2006 e os corpos de outros soldados recolhidos pelo grupo.

Esta será a quarta vez que ocorrerá uma troca de prisioneiros entre o Hezbollah e Israel. As negociações entre os dois lados foram feitas com a mediação da Alemanha.

Em 2004, um acordo levou à libertação de mais 400 prisioneiros árabes em troca dos corpos de três soldados e um espião israelense capturados no Líbano.

PERFIL

Nessim Nesr tem um história interessante. Filho de pai muçulmano e mãe judia, Nesr nasceu no Líbano, mas emigrou em 1982 para Israel, onde obteve a nacionalidade israelense. Ele é casado com uma judia russa e tem dois filhos.

Em 2002, foi preso pelos israelenses acusado de passar informações à resistência libanesa. Durante o período em que ficou preso, Nesr afirmou que foi vítima de tortura tanto física como psicológica.

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