Depois de uma vitória militar esmagadora da oposição sobre suas milícias, os membros do governo ilegítimo do Líbano retrocederam e aceitaram voltar atrás na decisão de sabotar a rede de telecomunicações da Resistência e de afastar o chefe de segurança do aeroporto.
Porém, esta atitude não põe um fim na crise política que tem afetado o Líbano nos últimos tempos. É preciso resolver outras pendengas como a formação de um novo governo de união nacional e a aprovação de uma nova legislação eleitoral.
A estratégia agora é fazer um movimento de desobediência civil até a renúncia formal do atual governo.
A oposição abriu mão temporiaramente da opção militar. A decisão de entregar o controle da capital libanesa para o exército mostra a boa vontade da oposição e derruba a mentira propagada pelos governistas de que a intenção dos últimos acontecimentos era a realização de um golpe.
Se a oposição tivesse de fato esta intenção, ela teria levado a cabo este plano. A coisa mais fácil do mundo para os oposicionistas é tirar pela força o governo ilegítimo de Fouad Siniora do Palácio do Governo.
No pronunciamento que fez ontem, Siniora deu declarações que colocaram mais combustível na fogueira da crise libanesa. Deu a entender que vai continuar a desafiar os clamores do povo pela sua renúnia.
A confiança de Siniora reside no fato de que ele já recebeu o apoio de seus patrões: os Estados Unidos e a Arábia Saudita. Desrespeitar o desejo do povo não é um ato sábio. Quando o povo se enfurece, não tem apoio de países bandidos que dê jeito. A história que o diga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário