segunda-feira, 29 de setembro de 2008

JEJUM DO MÊS DE RAMADÃ: CATÓLICOS SAÚDAM MUÇULMANOS PELO EID AL-FITR

*Com satisfação, divulgamos à Comunidade Islâmica no Brasil a mensagem para a festa de Eid al-Fitr do ano 1429 da Hégira (2008 AD), enviado pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, da Igreja Católica Apostólica Romana. O documento é assinado pelo Cardeal Jean-Louis Tauran (FOTO), presidente do órgão:







CRISTÃOS E MUÇULMANOS: JUNTOS PELA DIGNIDADE DA FAMÍLIA

Mensagem para o fim do Ramadan:

Caros amigos muçulmanos:

(1) Ao aproximar-se o fim do mês de Ramadan, sinto-me agradecido de vos endereçar – segundo uma tradição já bem arraigada – as cordiais saudações do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Durante este mês, cristãos próximos de vós partilham as vossas reflexões e as vossas celebrações familiares; o diálogo e a amizade reforçaram-se. Deus seja louvado!

(2) Mas, tal como no passado, este encontro amigável oferece-nos também a oportunidade de juntos refletir sobre algum tema de atualidade, que possa enriquecer nosso intercâmbio e ajudar a que nos conheçamos melhor, com nossos valores comuns e nossas diferenças. Para este ano, pensamos em vos propor o tema da família.

(3) Um dos documentos do Concílio Vaticano II Gaudium et spes, sobre a Igreja no mundo contemporâneo, afirma: “A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar. Por isto, juntamente com todos aqueles que têm em grande estima essa comunidade, os cristãos se alegram sinceramente com os vários meios pelos quais os homens progridem hoje na promoção dessa comunidade de amor e no cultivo da vida, auxiliando os cônjuges e pais na sua excelsa missão. Disto esperam ainda melhores resultados e se esforçam por alcançá-los” (n. 47).

(4) Estas palavras nos recordam oportunamente que o desenvolvimento da pessoa e da sociedade depende em grande parte da prosperidade da comunidade conjugal e familiar! Quantos são os que carregam, às vezes durante toda a sua vida, o peso das feridas de uma situação familiar difícil ou dramática? Quantos são aqueles e aquelas que sucumbem no abismo da droga ou da violência, tentando preencher, em vão, uma infância atribulada? Cristãos e muçulmanos podemos e devemos trabalhar conjuntamente na salvaguarda da dignidade da família, hoje e no futuro.

(5) Neste âmbito, tivemos muitas vezes a oportunidade de colaborar, quer em nível local, quer internacional, tanto mais que cristãos e muçulmanos têm grande estima pela família. A família – lugar onde o amor e a vida, o respeito pelo outro e a hospitalidade se encontram e se transmitem – é verdadeiramente a “célula fundamental da sociedade”.

(6) Cristãos e muçulmanos, não devemos hesitar em nos empenhar, não só para ajudar as famílias em dificuldade, mas também para colaborar com todos os que se esforçam por promover a estabilidade da instituição familiar e o exercício da responsabilidade paterna e materna, particularmente no campo da educação. Não é demais recordar aqui que a família é a primeira escola em que se aprende o respeito pelo outro, na sua identidade e na sua diferença. O diálogo inter-religioso e a cidadania só têm a ganhar com isto.

(7) Caros amigos, ao terminar o vosso jejum, purificados e renovados pelas práticas tão caras à vossa religião, fazemos votos de que todos vós possais ter com vossas famílias e todos os que vos são queridos, uma vida serena e próspera! Que o Altíssimo Deus vos cumule a todos da sua misericórdia e da sua paz!


Cardeal JEAN-LOUIS TAURAN
Presidente

Arcebispo PIER LUIGI CELATA
Secretário


*Carta publicada no site do IBEI


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

YAUMUL QUDS


O Imam Ruhollah Khomeini (r.a.) consagrou toda a última sexta-feira do mês sagrado do Ramadã à lembrança de uma das maiores tragédias dos tempos modernos: o holocausto palestino. Esta sexta-feira, dia 25 de Ramadã, é Yaumul Quds – Dia de Jerusalém. Uma data especial, marcada por manifestações de apoio e solidariedade, em todo o mundo, a um povo que, há 60 anos, é massacrado em sua própria terra pela sanha sionista.

O povo palestino é dono de sua terra desde tempos imemoriais. E durante séculos viveu em paz com os – poucos – judeus que se mantiveram na Palestina, após a diáspora. Contudo, o veneno sionista, travestido de nacionalismo judaico, prendeu em sua armadilha sanguinária árabes e judeus, roubando àqueles o legítimo direito a viver na sua terra, e vendendo a estes a farsa do direito judaico exclusivo ao território.

A semente do mal que se espalha hoje pela Palestina e vitima os inocentes foi plantada no final do século XIX por um grupo de judeus europeus capitaneados pelo jornalista de origem húngara Theodor Herzl. “Um povo sem pátria” – isto é, supostamente os judeus – “para uma pátria sem povo” – isto é, supostamente a Palestina – escrevia ele em O Estado Judeu, obra seminal do sionismo.

As potências ocidentais - Grã-Bretanha em primeiro lugar, Estados Unidos em seguida - viram no projeto sionista a oportunidade de instalar em território árabe uma ponta de lança para os seus interesses. Afinal de contas, o começo do século XX assistiu à disseminação do veículo automóvel por todo o planeta como modo preferencial de transporte e ao crescimento do petróleo como matriz energética.

Grupos terroristas judaicos como a Hagannah, Palmach, Lohamei Herut Israel (Lehi), Gangue Stern, foram criados para explodir com bombas a população árabe e afugentá-la, abrindo espaço para a criação de um "lar nacional judeu" na Palestina. Massacres, atentados a bomba, fuzilamento de famílias árabes inteiras dentro de suas casas, eram comuns.

As conseqüências deste processo de desprezo e assassinato das populações árabes que povoavam a Palestina se fazem sentir até hoje: êxodo forçado, matanças indiscriminadas, terrorismo judaico – que atualmente assume a dimensão de terrorismo de estado – destruição das casas e da infra-estrutura palestina. Sem falar na recorrente e nunca realizada promessa de criação de um estado palestino.

O dia de hoje, portanto, é de justa indignação contra o massacre do Povo Palestino. Nós, muçulmanos e não-muçulmanos, seres humanos, enfim, temos a obrigação de nos solidarizar aos irmãos e irmãs da Palestina e apoiar a sua luta justa por um estado livre e soberano. Roguemos a Allah para que dê a vitória à Resistência Palestina, que ela não se curve diante do ocupante e prossiga altaneira em sua batalha.

Nós, muçulmanos brasileiros, estamos com vocês!

OBS.: Texto extraído do site do IBEI


AHMADINEJAD E OS JUDEUS


As fotos acima mostram o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, reunido com rabinos (líderes religiosos judeus) membros de um grupo judaico antisionista, em Nova York, nos Estados Unidos, onde o iraniano esteve, essa semana, para participar da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas.


Não é a primeira vez que este tipo de encontro acontece. Reuniões entre o presidente iraniano, que é um duro adversário do terrorismo sionista, com rabinos contrários ao sionismo, já ocorreram em outras oportunidades tanto nos Estados Unidos como no Irã.


Na ocasião, Ahmadinejad afirmou que o Irã não tem nada contra os judeus, que gozam de liberdade de religião em seu país com direito a preservar seus templos, costumes e tradições, mas ressaltou que a política iraniana se posiciona firmemente contra o sionismo.


De acordo com Ahmadinejad, os próprios judeus são as principais vítimas do sionismo, ideologia racista responsável pelo genocídio de milhares de pessoas no Oriente Médio.


"Os seguidores das religiões divinas não mantêm discrepâncias entre si porque todos os profetas convidaram para a adorar a Deus e ao monoteísmo", disse o presidente iraniano. Ele salientou que a reunião com o grupo de judeus foi um encontro de irmãos.


Ahmedinejad já deu várias declarações pedindo a destruição do Estado de Israel e a libertação da Palestina. Essas declarações são geralmente condenadas por governos arrogantes de países ocidentais que são os mesmos que ficam calados diante do genocído, assassinatos e massacres que os judeus sionistas cometem em lugares com o Líbano e a Palestina.


Esses mesmos governos arrogantes não condenam as declarações dos líderes dos terroristas israelitas quando esses pregam a destruição, o bombardeio e o assassinato de iranianos.



domingo, 14 de setembro de 2008

SAIBA MAIS SOBRE O JEJUM DOS MUÇULMANOS

O jejum do mês de Ramadã é um dos principais pilares do Islã. É obrigatório para todos os muçulmanos que alcançaram a maioridade.


Com o objetivo de obedecer a vontade de Deus, que ordenou aos muçulmanos que jejuassem nesse mês, os muçulmanos devem se abster de comer, beber, fumar, de ter relações sexuais e de praticar certas ações desde da alvorada (fajr) até o sol se pôr (maghreb).


O mês de Ramadã é um dos mais sagrados porque foi nele que o Livro Sagrado de Deus - o Alcorão -, foi revelado por completo em uma de suas noites que é conhecida como a Noite do Destino (Lailatul Kadr).


O jejum do mês de Ramadã proporciona vários benefícios para os muçulmanos em todos os campos da vida, sejam eles, o espiritual, social, na saúde e até material.


O jejum é obrigatório para todos os muçulmanos que alcançaram a maioridade que estejam em perfeito estado de saúde e mentalmente sãos, que não estejam em viagem, etc.


O jejum não é obrigatório para os viajantes, as crianças, os deficientes mentais, para as pessoas que tomam remédios pelo resto da vida, para as pessoas que ficarem doentes, para as mulheres menstruadas, os fracos, os idosos, para as mulheres grávidas, etc.


O JEJUM É PARA TODOS


Deus prescreveu o jejum para todos os povos desde o início da humanidade. O jejum não é algo exclusivo dos muçulmanos, também ele o foi prescrito para os judeus e para os cristãos.


No Alcorão, Deus nos faz lembrar que o jejum é um dos grandes sinais de que alguém acredite realmente na existência de Deus. Por isso Ele ordenou a todos os povos que jejuassem. Portanto o jejum não é algo de nossos tempos, é algo que já foi prescrito aos nos precederam.


O Alcorão nos diz: “Ó vos que credes, foi-vos prescrito o jejum como o foi aos que vos precederam. E possais tornar-vos piedosos!” - SURATA AL-BAQARA, V.183