Outro drama que está próximo de acabar é o dos libaneses detidos em cárceres israelenses. Em uma entrevista coletiva bastante concorrida realizada, nesta quarta-feira (2), em Beirute, o secretário-geral do Hezbollah, Sayed Hassan Nasrallah, disse que a troca de prisioneiros com os israelenses pode ocorrer em duas semanas.
Ele não determinou a data exata porque esta ainda não foi definida sendo o único ponto que ainda falta ser acordado para a libertação dos prisioneiros.
O líder afirmou que a Resistência aceita e vai cumprir todos os pontos do acordo que pode "zerar" o número de libaneses presos em Israel, tornando o Líbano o primeiro país árabe em conflito com os israelenses que conseguiu fechar o assunto de seus presos em cárceres judaicos.
Pelo acordo, Israel se comprometeu a libertar todos os presos libaneses vivos, em um total de cinco, entre eles Samir Kuntar, que não é membro do Hezbollah, mas é uma das prioridades do grupo de resistência.
Além disso, Israel vai entregar os restos mortais de aproximadamente 200 mártires libaneses, palestinos e de outros países árabes, muitos deles mortos na década de 70 e 80, e cujos corpos ficaram retidos pelos isralenses que os enterraram em covas identificadas por números.
Com a devolução dos restos mortais, os mártires árabes poderão ter o enterro digno de quem se sacrificou em prol do seu povo.
Também, os israelenses terão que libertar em um segundo momento um número limitado de prisioneiros palestinos.
Em troca, o Hezbollah devolverá os dois soldados israelenses capturados, em julho de 2006.
Ainda com o parte da troca de prisioneiros, o Hezbollah entregará um relatório sobre o terrorista israelense Ron Arad, capturado há 22 anos, depois que o avião com o qual realizava agressões contra os libaneses foi abatido no Leste do Líbano.
Por sua vez, os sionistas entregarão informações sobre a situação de quatro diplomatas iranianos sequestrados no Líbano, em meados da década de 80, por uma mílicia pró-Israel, e que foram em seguida entregues aos israelenses.
O sucesso da troca de prisioneiros será sem dúvida mais uma vitória do Hezbollah, que comprova mais uma vez que o único caminho para os árabes libertarem seus entes queridos esquecidos nas prisões judaicas e terem suas terras de volta é por meio da resistência.
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