O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegou hoje (02) ao Iraque onde realiza uma visita histórica de dois dias e, até pouco tempo atrás inimaginável, para fortalecer as relações políticas, econômicas e de segurança com o país vizinho com o qual travou uma guerra feroz na década de 80.
Ahmedinajed recebeu uma calorosa recepção dos mais altos dirigentes do governo iraquiano com os quais manteve conversações.
O presidente iraniano não escondeu a alegria de visitar Bagdá sem a presença do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, mas por outro lado mostrou sua insatisfação com a ocupação norte-americana que tem debilitado o Iraque e favorecido o terrorismo em todo o Oriente Médio. "Um Iraque unido, forte e avançado beneficia a todos os povos da região", afirmou.
Por sua vez, o presidente iraquiano, Jalal Talabani, agradeceu a ajuda que o Irã deu ao povo iraquiano durante a ditadura do regime comandado por Saddam.
Em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro iraquiano, Nuri Al-Maliki, Ahmedinejad disse que sua visita abre um novo capítulo nas relações bilaterais entre o Irã e o Iraque.
Entre os assuntos debatidos estão questões como petróleo, energia, indústria, comércio, cultura e a segurança.
Na ocasião, pediu a união entre o Irã, o Iraque e a Turquia para combater os separatistas curdos que recebem armamento e apoio de Israel e dos Estados Unidos para promover ataques terroristas contra estes três países.
Ahmadinejad, afirmou também que a invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003 favoreu o aparecimento de "terroristas" no Oriente Médio.
"Há seis anos, não havia terroristas em nossa região. Desde que os estrangeiros puseram os pés, eles apareceram", declarou o presidente iraniano durante entrevista à imprensa junto com Abdel Aziz Hakim, o líder do poderoso partido Conselho supremo islâmico do Iraque (CSII).
Quanto as constantes acusações dos Estados Unidos que apoiam grupos insurgentes, Ahmadinejad rechaçou estas alegações e disse que o comportamento do presidente George W. Bush de acusar sempre os outros sem prova, só "aumenta os problemas". "O povo iraquiano não gosta dos Estados Unidos", disse.
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