domingo, 2 de março de 2008

POR QUAIS CRIMES ELAS FORAM MORTAS?





Mãe palestina segura corpo da filha de 21 meses morta em um dos massacres de Israel. Acima crianças mortas nos ataques judaicos

A propaganda oficial dos terroristas israelenses diz que as agressões contra a Faixa de Gaza têm como alvo os militantes do Hamas.

Porém, o elevado número de civis mortos desmentem esta propaganda que não deixa nada a desejar a máquina de mentiras do regime nazista.

Informações dão conta de que Israel enviou vários especialistas em propaganda para suas embaixadas e outras representações diplomáticas em vários países para auxiliar na divulgação de notícias que ajudam a justificar os massacres perante a opinião pública mundial.

De acordo com a palestina Imán Asaleya, 42, que precisou abandonar a casa em que mora com o marido e os quatro filhos no leste do campo de refugiados de Jabalya, os israelenses atacam deliberadamente os civis.

"Quando vi como os disparos dos tanques atingiam as casas de nosso bairro, matando a mulheres e crianças, decidi pegar meus filhos e sair dali para salvar suas vidas. Se tivéssemos ficado, eu os teria perdido" declarou Imán.

Segundo ela, "Israel não está lutando contra o Hamas e não está realizando estas operações para impedir o lançamento de foguetes contra seu território, mas sim provocando uma guerra contra todo o povo palestino. Israel mata as pessoas sem distinção".

As emissoras de TV de Gaza mostravam imagens de casas destruídas, ambulâncias e médicos atendendo feridos e cobrindo corpos, inclusive crianças e bebês.

"Estão atacando por todas as partes. Não diferenciam crianças, mulheres, idosos. Dizem que os foguetes são a razão dos ataques, mas morreram mais de vinte crianças e mais de quinze mulheres. Por acaso pode um bebê de seis meses lançar foguetes?", questionou o membro do Fatah ouvido pela Efe.

Segundo números do Ministério da Saúde local, ao menos cem pessoas morreram e mais de trezentas ficaram feridas desde quarta-feira.

Os hospitais e os serviços de ambulância de Gaza entraram em colapso, o que levou o Egito a abrir a passagem fronteiriça de Rafah para permitir a passagem dos feridos e o atendimento em seus hospitais.

"Não temos ajuda médica suficiente, pois parte das equipes médicas não funcionam e temos uma grave escassez de combustível para as ambulâncias", disse à Efe Moaweya Hassanein, chefe dos serviços de emergência em Gaza.

Em diversas localidades aconteciam neste domingo os funerais de dezenas de palestinos, cujos corpos eram envolvidos em bandeiras e carregados em direção aos cemitérios por homens que bradavam frases pedindo revanche contra Israel.

Hazem Abu Shanab, membro do Fatah em Gaza, acusou Israel de "cometer crimes contra a humanidade nesta guerra" e disse à Efe que os israelenses "deverão pagar por isso".

Diversos grupos armados que atuam no local afirmaram que a ofensiva israelense não impedirá que continuem atacando as regiões limítrofes à faixa. É o caso do Comitê de Resistência Popular, cujo porta-voz assegurou à imprensa que "os duros ataques israelenses tornarão os milicianos mais fortes". Com agências.

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