quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A RESISTÊNCIA CONTINUA COMPANHEIROS

Em 1992, um ataque de helicóptero praticado por Israel que violou o espaço aéreo libanês matou o então secretário-geral do Hezbollah, Sayed Abbas Mussawi.

Naquela ocasião, vários veículos de comunicação ocidentais e israelitas não pensaram duas vezes em afirmar - "o Hezbollah acabou".

Anos depois, esta previsão se mostrou falsa e desonesta, principalmente, para a opinião pública.

O Hezbollah, grupo que encabeça a resistência contra Israel e os Estados Unidos no Líbano, não só continua existindo e está mais forte do que nunca como o assassinato do Sayed Abbas Mussawi contribuiu para aumentar a popularidade e engrossar as fileiras do partido que foi responsável por impor duas derrotas militares à Israel (que até então propagava que seu exército era invencível) e libertar terras ocupadas e os prisioneiros libaneses das mãos dos terroristas sionistas.

O assassinato de um dos seus principais comandantes militares, Imad Moughniyah, ocorrido, na terça-feira (12), embora seja um duro golpe, não afeta a resistência libanesa, uma vez que o Hezbollah é movido por uma causa maior que não depende das pessoas que hoje comandam o grupo.

Se algum dirigente é martirizado, ele é automaticamente substituído por outro que dá continuidade nos trabalhos sem prejudicar a luta do partido.

Os governos dos Estados Unidos e Israel já deram declarações em que comemoram o assassinato de Moughniyah, um herói que desde cedo renunciou a sua vida particular para sacrificá-la na defesa dos povos oprimidos do mundo e oferecê-la na luta pela dignidade dos libaneses e da Palestina.

Os dois negam a participação no crime, mas tanto os norte-americanos quanto os israelenses são os maiores interessados neste assassinato.

A negativa de Israel não surpreende, uma vez que o atentado que matou Moughniyah aconteceu em Damasco, na capital da Síria, mostrando que Israel quer ampliar a área do conflito mandando uma clara mensagem de que o terrorismo judaico, apoiado pelos norte-americanos e outros países, está disposto a matar os muçulmanos e os árabes em qualquer lugar do mundo

Imad Moughniyah não é o primeiro de sua família que se martiriza nas mãos dos israelitas.

Em 11 de junho de 1984, um irmão dele, Jihad Moughniyah, se martirizou aos 28 anos quando foi alvo de um míssil de Israel no momento em que tentava salvar um família dos escombros de um local que havia sido bombardeado minutos antes pela aviação israelita.

Dez anos depois, no dia 21 de dezembro de 1994, um outro irmão de Imad, Fuad Moughniyah, se martirizou em decorrência de um carro bomba plantado por agentes de Israel em frente a sua empresa no subúrbio de Beirute.

A longa história de sacrifício de Imad Moughniyah contra o terror e a opressão norte-americana-israelita, começou ainda na década de 70, antes mesmo de nascer o próprio Hezbollah, que surgiu em 1982, e levou os inimigos a considerá-lo como um dos militantes mais perigosos, inclusive, oferecendo milhões dólares para prendê-lo.

Mais do que isso, na tentativa de desmoralizar sua luta, atribuíram a ele uma série de ataques fora do Líbano, incluido, os atentados contra alvos judaicos na Argentina, sem apresentar uma única prova sequer da participação dele nestes episódios.

Tanta a investigação como o julgamento do Caso Amia não possuem nenhuma credibilidade devido aos graves erros que foram cometidos na execução do levantamento das provas e durante o processo.

As provas que confirmariam o tal do complô iraniano propagandeado pela máquina de difamação judaica-norte-americana foram apresentadas pelos serviços secretos dos Estados Unidos e de Israel, inimigos declarados do Irã.

Sinceramente, os norte-americanos e os israelitas não têm o que comemorar. A exemplo do que ocorreu com o assassinato do Sayed Abbas Mussawi, o martírio de Imad Moughniyah vai atrair ainda mais simpatia ao Hezbollah e engrossar suas fileiras dando maior fôlego ao grupo que não vai desistir de lutar até libertar todos os prisioneiros e as terras ocupadas.

Matar um dirigente aqui ou acolá não adianta nada. Quantos líderes palestinos ou libaneses já foram mortos sem que a resistência tenha sido afetada?

Além do mais, o assassinato de Moughniyah vai gerar uma retaliação forte por parte da resistência.

O que aconteceu na terça-feira não foi a morte de Imad Moughniyah, mas sim o nascimento de dezenas de novos Moughniyas que estarão dispostos a dar prosseguimento a luta até a vitória final contra o terrorismo norte-americano-israelita no mundo. A resistência continua companheiros.

Um comentário:

Anônimo disse...

Enquanto houverem no mundo injustiças e oprimidos, sempre terão heróis como Imad Moughniyah e o Hezbollah.