“Homens!
Comei dos alimentos lícitos
e bons que há sobre a terra
e não sigais os passos do Demônio!
Ele é para vós um inimigo declarado.
Ordena-lhes o mal e o desonesto
e que digais contra Deus
o que não sabeis”.
(Alcorão Sagrado, 2: 168-169).
O Islã é uma religião racional. Todos os seus princípios e mandamentos estão baseados em uma profunda racionalidade.
O Islã demonstra que o homem é inocente ao nascer, que o bem e o mal se aprendem gradualmente. O Islã ensina que se devem alcançar as virtudes e evitar costumes que arrastam à perversão, uma vez que o bem e o mal estão no homem, de acordo com a educação que recebe e o meio-ambiente em que se desenvolve sua vida cotidiana.
O ser humano possui desejos naturais, que se referem ao alimento, à necessidade de sono e de sexo; também tem sentimentos naturais, por exemplo, felicidade, rancor, dor, amor, temor, fastio e avareza.
Esta última é originada pelo instinto de posse. Um instinto insatisfeito alimenta a inveja e, eventualmente, ambas suscitam o egoísmo.
O Islã, não obstante, não recomenda que se eliminem estes sete sentimentos, como o fazem outras religiões, senão que oferece um método para controlá-los, porque enquanto o homem viver, eles existirão. Eles são semelhantes ao motor de um veículo: o condutor é quem deve controlá-los e guiá-los a metas úteis. A educação islâmica é a guia do homem em direção ao bem.
A proibição de comer porco no Islã constitui um grande salto adiante na história da evolução humana. Considerando que o sangue é, virtualmente, nossa corrente vital e que tudo o que consumimos afeta, em última instância, nosso sistema sanguíneo, é necessário selecionar nossos alimentos. Resulta evidente que o homem de concepção revolucionária mais avançada é aquele que mais cuidadosamente seleciona seus alimentos.
Sabemos que no passado, alguns povos da África foram antropófagos. Alguns aborígenes do arquipélago malaio e certos povos de Borneu e Nova Guiné não sabem distinguir os alimentos: ingerem víboras, vermes, ratos e tudo o que esteja ao seu alcance.
Na atualidade, a evolução da natureza humana não se limita à abstenção da carne de porco, mas compreende, também, a carniça e a carne de caça, ainda que sejam de vacas, cordeiro ou galinhas. Isto está proibido pelo Islã.
Aparte o que foi exposto até aqui, os muçulmanos rechaçam a carne de animais predadores, como o leão, tigre, leopardo, víboras, gatos, cachorros, ratos, etc., considerados dentro das Leis Islâmicas como animais impuros.
Esta proibição está baseada no desejo de purificação da própria natureza, já que o alimento, uma vez ingerido, não entra apenas no intestino e se converte em excremento; é absorvido e metabolizado no sistema e circula por todas as partes do corpo humano, incluindo o cérebro e isto, de uma maneira não insignificante, por certo, afeta a natureza do homem. Disse o Imam Ali (a.s.): “O estômago é a porta de todos os males”.
O Islã permite aos muçulmanos ingerir carne pura e não proíbe nem estimula ninguém a converter-se em vegetariano. Alguns argumentam que se o porco é alimentado com nutrientes sãos, pode-se, então, consumir sua carne.
A resposta para esta controvérsia é a seguinte: pode-se alimentar um porco com uma lavagem saudável, mas não se pode mudar sua natureza, um porco é um porco, não pode sofrer variantes por meio de enxertos, como uma planta.
O porco é, por natureza, preguiçoso e indulgente no sexo. Desgosta-lhe a luz do sol e ele carece de energia para lutar. Come quase tudo o que encontra ao seu redor, sejam excrementos ou qualquer imundice.
De todas as carnes de animais, o porco constitui-se no principal receptor de germes daninhos e é o principal reservatório para a infecção humana. Ademais, a porcentagem de gordura no porco é muito maior que em qualquer outra carne: 91%, contra 56% no cordeiro e 35% na de gado vacum.
Pode-se fazer uma experiência em carnes: tomem-se três pedaços de carne de igual idade e tamanho, um de porco, outro de vaca e um terceiro de cordeiro; exponham-se todos ao sol. O de porco será o primeiro a apodrecer, vindo em seguida o de cordeiro e finalmente o de vaca.
Algumas vezes, a carne de vaca seca sem chegar a apodrecer. Mas, se colocamos os mesmos pedaços de carne em um recipiente e os colocamos para cozinhar, o de porco será o último a cozinhar e ninguém pode garantir que não existam germes daninhos na carne cozida.
De acordo com investigações médicas, requerem-se três horas para a digestão da carne de cordeiro e de vaca; por sua vez, necessitam-se cinco horas para a do porco.
Proliferam tantas plantas que são comestíveis: algumas podem curar enfermidades, outras são venenosas e causam a morte. De igual maneira, existem carnes daninhas para o homem, como a do porco, cujo efeito tóxico está latente e com o transcurso dos anos degenera em sérias enfermidades.
FONTE: IBEI
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