Omar Nasser Filho*
O rato é um animal pequeno, de aspecto repugnante, vetor de doenças graves como a leptospirose, que talvez pelas tragédias que provocou entre a raça humana – a peste bubônica na Idade Média foi um exemplo – desperte, em nosso inconsciente, uma sensação de repulsa. De hábitos noturnos, furtivo, esgueira-se pelos bueiros e esgotos. Pelo contato que tem com material contaminado e contaminante, transforma-se, ele mesmo, em causa de muitos males. É um animal que prefere a sombra à luz.
O Brasil recebeu esta semana a visita do ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman. Ninguém sabe, ninguém viu. Tal qual um rato, esgueirou-se. A chegada dele ao Brasil, seus contatos com empresários e o presidente Lula, são fatos que ficaram à margem do grande noticiário. À reunião que teve na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a imprensa não foi convidada. Não pode entrevistá-lo. Sua (nefasta) presença no país foi notada apenas por aqueles que se preocupam e ocupam das questões graves e candentes do Oriente Médio.
Avigdor Lieberman é representante do que de mais desumano e cruel tem a política israelense. Nascido na Moldávia, na Europa Centro-Oriental, emigrou para a Palestina com 20 anos de idade. Na entidade conhecida como “Israel” fundou um partido de extrema direita chamado “Yisrael Beitenu”, que significa, em bom português, “Israel é Nossa Casa”, o qual preside. Casa de quem, afinal? Deles, dos judeus, exclusivamente.
Na visão doentia desta agremiação de caráter nazi-facista, os árabes que vivem em “Israel” deveriam ser deportados, expulsos. As lideranças políticas árabe-israelenses que mantêm contato com autoridades de Gaza ou Cisjordânia deveriam ser simplesmente assassinadas como “traidoras”. No auge do ataque selvagem de “Israel” a Gaza, em janeiro deste ano, no qual morreram 1.400 civis – grande parte dos quais crianças – ele defendeu o uso de armamento nuclear contra os palestinos confinados no território.
Esta ficha corrida – mais extensa, na verdade, do que a aqui exposta – o transformou em persona non grata em muitos países. A simples menção de seu nome causa arrepios nas pessoas que têm alguma preocupação com os direitos humanos e a justiça. Talvez resida aí a preocupação de não se fazer alarde com sua presença no Brasil.
Muito diferente, diga-se de passagem, a postura do presidente reeleito da República Islâmica do Irã, Mahmud Ahmadinejad. Com a consciência tranquila daqueles que lutam a boa luta, avisou que vinha ao Brasil. No entanto, a grande mídia brasileira, dominada pelos agentes do sionismo internacional, conscientes ou inconscientes de sua função, bombardeou-o com críticas e acusações infundadas. Não teve a mesma coragem, entretanto, para denunciar o discurso e as ações de cunho racista de Lieberman e do governo que ele representa, do facista-sionista Binyamin Netanyahu, prócer do Likud.
O rato Lieberman e o governo que representa querem impor sua agenda política à América Latina. Além do Brasil, ele quer visitar outros países, como a Argentina. Quer contaminar nossos governos com sua ideologia racista e assassina, que defende a limpeza étnica e o morticínio de palestinos. Que nossos governantes estejam imunizados contra o vírus do sionismo. Quanto a nossa grande mídia, covarde e comprometida, venal e caluniosa, resta-nos lamentar.
* Omar Nasser Filho é jornalista e economista, mestre em História pela Universidade Federal do Paraná. É membro do Instituto Brasileiro de Estudos Islâmicos e co-autor do livro “Um Diálogo sobre o Islamismo” – Criar Edições, 2003.
O rato é um animal pequeno, de aspecto repugnante, vetor de doenças graves como a leptospirose, que talvez pelas tragédias que provocou entre a raça humana – a peste bubônica na Idade Média foi um exemplo – desperte, em nosso inconsciente, uma sensação de repulsa. De hábitos noturnos, furtivo, esgueira-se pelos bueiros e esgotos. Pelo contato que tem com material contaminado e contaminante, transforma-se, ele mesmo, em causa de muitos males. É um animal que prefere a sombra à luz.
O Brasil recebeu esta semana a visita do ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman. Ninguém sabe, ninguém viu. Tal qual um rato, esgueirou-se. A chegada dele ao Brasil, seus contatos com empresários e o presidente Lula, são fatos que ficaram à margem do grande noticiário. À reunião que teve na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a imprensa não foi convidada. Não pode entrevistá-lo. Sua (nefasta) presença no país foi notada apenas por aqueles que se preocupam e ocupam das questões graves e candentes do Oriente Médio.
Avigdor Lieberman é representante do que de mais desumano e cruel tem a política israelense. Nascido na Moldávia, na Europa Centro-Oriental, emigrou para a Palestina com 20 anos de idade. Na entidade conhecida como “Israel” fundou um partido de extrema direita chamado “Yisrael Beitenu”, que significa, em bom português, “Israel é Nossa Casa”, o qual preside. Casa de quem, afinal? Deles, dos judeus, exclusivamente.
Na visão doentia desta agremiação de caráter nazi-facista, os árabes que vivem em “Israel” deveriam ser deportados, expulsos. As lideranças políticas árabe-israelenses que mantêm contato com autoridades de Gaza ou Cisjordânia deveriam ser simplesmente assassinadas como “traidoras”. No auge do ataque selvagem de “Israel” a Gaza, em janeiro deste ano, no qual morreram 1.400 civis – grande parte dos quais crianças – ele defendeu o uso de armamento nuclear contra os palestinos confinados no território.
Esta ficha corrida – mais extensa, na verdade, do que a aqui exposta – o transformou em persona non grata em muitos países. A simples menção de seu nome causa arrepios nas pessoas que têm alguma preocupação com os direitos humanos e a justiça. Talvez resida aí a preocupação de não se fazer alarde com sua presença no Brasil.
Muito diferente, diga-se de passagem, a postura do presidente reeleito da República Islâmica do Irã, Mahmud Ahmadinejad. Com a consciência tranquila daqueles que lutam a boa luta, avisou que vinha ao Brasil. No entanto, a grande mídia brasileira, dominada pelos agentes do sionismo internacional, conscientes ou inconscientes de sua função, bombardeou-o com críticas e acusações infundadas. Não teve a mesma coragem, entretanto, para denunciar o discurso e as ações de cunho racista de Lieberman e do governo que ele representa, do facista-sionista Binyamin Netanyahu, prócer do Likud.
O rato Lieberman e o governo que representa querem impor sua agenda política à América Latina. Além do Brasil, ele quer visitar outros países, como a Argentina. Quer contaminar nossos governos com sua ideologia racista e assassina, que defende a limpeza étnica e o morticínio de palestinos. Que nossos governantes estejam imunizados contra o vírus do sionismo. Quanto a nossa grande mídia, covarde e comprometida, venal e caluniosa, resta-nos lamentar.
* Omar Nasser Filho é jornalista e economista, mestre em História pela Universidade Federal do Paraná. É membro do Instituto Brasileiro de Estudos Islâmicos e co-autor do livro “Um Diálogo sobre o Islamismo” – Criar Edições, 2003.
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