O Imam Ruhollah Khomeini (r.a.) consagrou toda a última sexta-feira do mês sagrado do Ramadã à lembrança de uma das maiores tragédias dos tempos modernos: o holocausto palestino. Esta sexta-feira, dia 25 de Ramadã, é Yaumul Quds – Dia de Jerusalém. Uma data especial, marcada por manifestações de apoio e solidariedade, em todo o mundo, a um povo que, há 60 anos, é massacrado em sua própria terra pela sanha sionista.
O povo palestino é dono de sua terra desde tempos imemoriais. E durante séculos viveu em paz com os – poucos – judeus que se mantiveram na Palestina, após a diáspora. Contudo, o veneno sionista, travestido de nacionalismo judaico, prendeu em sua armadilha sanguinária árabes e judeus, roubando àqueles o legítimo direito a viver na sua terra, e vendendo a estes a farsa do direito judaico exclusivo ao território.
A semente do mal que se espalha hoje pela Palestina e vitima os inocentes foi plantada no final do século XIX por um grupo de judeus europeus capitaneados pelo jornalista de origem húngara Theodor Herzl. “Um povo sem pátria” – isto é, supostamente os judeus – “para uma pátria sem povo” – isto é, supostamente a Palestina – escrevia ele em O Estado Judeu, obra seminal do sionismo.
As potências ocidentais - Grã-Bretanha em primeiro lugar, Estados Unidos em seguida - viram no projeto sionista a oportunidade de instalar em território árabe uma ponta de lança para os seus interesses. Afinal de contas, o começo do século XX assistiu à disseminação do veículo automóvel por todo o planeta como modo preferencial de transporte e ao crescimento do petróleo como matriz energética.
Grupos terroristas judaicos como a Hagannah, Palmach, Lohamei Herut Israel (Lehi), Gangue Stern, foram criados para explodir com bombas a população árabe e afugentá-la, abrindo espaço para a criação de um "lar nacional judeu" na Palestina. Massacres, atentados a bomba, fuzilamento de famílias árabes inteiras dentro de suas casas, eram comuns.
As conseqüências deste processo de desprezo e assassinato das populações árabes que povoavam a Palestina se fazem sentir até hoje: êxodo forçado, matanças indiscriminadas, terrorismo judaico – que atualmente assume a dimensão de terrorismo de estado – destruição das casas e da infra-estrutura palestina. Sem falar na recorrente e nunca realizada promessa de criação de um estado palestino.
O dia de hoje, portanto, é de justa indignação contra o massacre do Povo Palestino. Nós, muçulmanos e não-muçulmanos, seres humanos, enfim, temos a obrigação de nos solidarizar aos irmãos e irmãs da Palestina e apoiar a sua luta justa por um estado livre e soberano. Roguemos a Allah para que dê a vitória à Resistência Palestina, que ela não se curve diante do ocupante e prossiga altaneira em sua batalha.
Nós, muçulmanos brasileiros, estamos com vocês!
OBS.: Texto extraído do site do IBEI
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