terça-feira, 26 de abril de 2011
REVISTA VEJA DESMASCARADA
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domingo, 24 de abril de 2011
DE MÃOS DADAS COM A MENTIRA
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A HISTÓRIA REVELADA: AS FALSAS NOIVAS DO HAMAS
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sexta-feira, 15 de abril de 2011
EMBAIXADA DO MAL
EMBAIXADA DOS EUA INSTIGA IMPRENSA CONTRA MUÇULMANOS NO PAÍS Documentação diplomática da embaixada estadunidense em Brasília, revelada pelo sítio Wikileaks, mostra como a representação dos EUA no país influencia e manipula a chamada "grande mídia" contra os muçulmanos. Trata-se de uma estratégia para instrumentalizar a imprensa brasileira e, assim, difamar a Religião Islâmica e os seus seguidores. Acompanhe: Viewing cable 09BRASILIA1435 –http://213.251.145.96/cable/2009/12/09BRASILIA1435.html - CONFIDENTIAL – Embassy Brasilia Excerto do item CONFIDENCIAL do telegrama 09BRASILIA1435 ASSUNTO: Estratégia para Engajar o Brasil na “Difamação de Religiões”[1] 1. (C) RESUMO: A posição do Brasil na questão da “difamação de religiões” na comissão de Direitos Humanos da ONU reflete a conciliação entre as objeções do país à ideia (objeções baseadas num conceito do que sejam Direitos Humanos) e o desejo de não antagonizar os países da Organisation of the Islamic Conference (OIC) com os quais tenta construir relações e que o Brasil vê como importante conjunto de votos a favor de o Brasil conseguir assento permanente no CSONU. À luz da argumentação a favor da abstenção do Brasil, proponho abordagem de quatro braços, envolvendo aproximação com os altos escalões do Ministério de Relações Exteriores; uma visita a Brasília, para pesquisar meios de trabalhar com o governo do Brasil, nessa e noutras questões de direitos humanos; outros governos que possam conversar com o governo do Brasil; e uma campanha mais intensa pela mídia e mobilizando comunidades religiosas a favor de não se punir quem difame religiões . FIM DO RESUMO. (…) Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras: Até agora, nenhum grupo religioso no Brasil assumiu a defesa da difamação de religiões. Mas o Brasil é sociedade multirreligiosa e multiétnica, que valoriza a liberdade de religião. Um esforço para difundir a consciência sobre os danos que podem advir de se proibir a difamação das religiões pode render bons dividendos. Grandes veículos de imprensa, como O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja, podem dedicar-se a informar sobre os riscos que podem advir de punir-se quem difame religiões, sobretudo entre a elite do país. Essa embaixada tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados. Visitas ao Brasil, de altos funcionários do governo dos EUA seriam excelente oportunidade para pautar a questão para a imprensa brasileira. Outra vez, especialistas e funcionários de outros governos e países que apóiem nossa posição a favor de não se punir quem difame religiões garantiriam importante ímpeto aos nossos esforços. Essa campanha também deve ser orientada às comunidades religiosas que parecem ter influência sobre o governo do Brasil, quando se opuseram à visita ao Brasil do presidente Ahmadinejad do Irã, em novembro. Particularmente os Bahab e a comunidade judaica, expandidos para incluir católicos e evangélicos e até grupos indígenas e muçulmanos moderados interessados em proteger quem difame religiões [sic]. [assina] KUBISKE +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ [1] Há matéria da Reuters sobre o assunto, de seis meses antes desse telegrama, emhttp://www.reuters.com/article/2009/03/26/us-religion-defamation-idUSTRE52P60220090326, em que se lê: “Um fórum da ONU aprovou ontem resolução que condena a “difamação de religiões” como violação de direitos humanos, apesar das muitas preocupações de que a condenação possa ajudar a defesa da livre expressão em países muçulmanos (sic)” [NTs]. 1 – Folha de São Paulo: “07/04/2011 – 10h53 Irmã de atirador diz que ele era ligado ao Islamismo e não saía muito de casa; ele deixou carta suicida(…)” 2 – Jornal Extra das Organizações Globo: “07/04/2011 às 11:24. Atualizado em 07/04/2011 às 11:37 Autor do massacre em escola de Realengo se interessava por assuntos ligados ao terrorismo Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, identificado pela polícia como o autor do massacre na Escola Municipal Tasso de Silveira, em Realengo, estava com uma carta suicida, que falava sobre islamismo e terrorismo. O assunto interessava ao assassino, que estudou na escola.(…)” 3 – Colunas Época/O Globo: “Homem entra em escola e atira em alunos no Rio de Janeiro Segundo a Globo News, a polícia informou que a carta “tinha referências à religião muçulmana”. O site do jornal O Globo cita entrevista do comandante do 14º Batalhão da PM, Djalma Beltrame, à Band News, que afirmou que o conteúdo da carta teria “características fundamentalistas”. “Ele entrava na internet para ter acesso a coisas que não fazem parte do nosso povo. É um louco. Só uma pessoa alucinada poderia fazer isso com crianças”, disse.(…)” 4 – Jornal O Globo: “Publicada em 07/04/2011 às 12h20m Atirador que invadiu escola municipal em Realengo é identificado“(…) Beltrame acrescentou, inclusive, que Wellington costumava entrar em sites de cunho fundamentalista. (…)” 5 – E o pastor Marco Feliciano, o mesmo que disse que africanos são homossexuais, tenta tirar proveito da tragédia: *Artigo extraído do site Ibei do Paraná
Agora, veja as manchetes sobre o ataque no Rio de Janeiro:
http://extra.globo.com/casos-de-policia/autor-do-massacre-em-escola-de-realengo-se-interessava-por-assuntos-ligados-ao-terrorismo-1525139.html
10:53 AM, ABRIL 7, 2011 (…)
http://colunas.epoca.globo.com/falabrasil/2011/04/07/homem-entra-em-escola-e-atira-em-alunos-no-rio-de-janeiro/
MASSACRE NO COLÉGIO
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/07/atirador-que-invadiu-escola-municipal-em-realengo-identificado-924179565.asp
“Profecia: Ataque nas escolas. Leia na integra:
http://www.marcofeliciano.com.br/site/?page=materia&MA_ID_MOD=1172
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domingo, 10 de abril de 2011
"VEJA" SEMEIA ÓDIO CONTRA MUÇULMANOS NO BRASIL
Por Abdul Haikal* A revista "Veja" tem se pautado por uma trajetória sombria, fazendo de suas páginas semente do sectarismo religioso, que tenta plantar entre os brasileiros. Abandona o pódio de grande veículo de comunicação assumindo a postura panfletária de um mercador que vai à rua oferecer o medo e o terror como produto de ocasião para incautos transeuntes. Com redações e textos "estéticos" maquiando a verdade com meias verdades e roteiros de filme americano, a "Veja" tenta subir o gráfico de suas vendas enquanto desce a ladeira do descrédito embalada pela parcialidade jornalistica. A apelação sensacionalista não mede consequências ao mergulhar seus leitores em medos imaginários a partir de fatos corriqueiros reais ou irreais, estampando em sua capa folclóricos personagens, típicos do cinema mudo, mas sem a sutileza e a graça do grande mestre Charles Chaplin. A matéria mirava no MST mas atirava no islamismo, dando como fato consumado, como verdade absoluta a suposta belicosidade da religião islâmica que estaria contida na grade escolar. De forma subliminar, "Veja" incentiva a desconfiança e o ódio contra o islamismo, apresentando-o como ameaça aos não islâmicos no Brasil, país eminentemente católico. Os editores da revista abraçam o ridículo afirmando que "O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra criou sua versão das madraçais - internatos religiosos muçulmanos em que crianças aprendem a recitar o Corão e dar a vida em nome do Islã." De forma leviana e irresponsável "Veja" dissemina para seus leitores a ideia que escolas em países de maioria islâmica induzem suas crianças á prática de suicídio em nome de teses e conceitos religiosos, associando esta prática ao conteúdo do livro sagrado dos muçulmanos. Em suas edições para satanizar a segunda maior religião do mundo, a Editora Abril tem ignorado a própria história da humanidade que revela um islã marcado pela tolerância e pelo respeito á diversidade cultural das nações sob domínio islâmico como na Penisula Ibérica, quando registrou um período de florescência,na arquitetura, arte,musica,comércio e na livre prática de todas as religiões. Andaluzia e Córdoba foram berço da diversidade cultural da humanidade no período das trevas da idade média. O islamismo contemporâneo continua mostrando a grandeza da criação divina , o ser humano ,com as fantásticas realizações de Abu Dhabi e Dubai nos Emirados Árabes onde 80% dos moradores são estrangeiros vindos dos quatro cantos do planeta. O Islã é a religião que mais cresce no planeta, talvez porque um dos preceitos alcorãnicos mais importantes seja justamente a tolerância e o respeito á cultura de outras nações. Madrassi ou escola é palavra universal, que lembra educação, usada por todas as nações, cada uma em sua respectiva língua. Madrassi só é sinonimo de ódio religioso no dicionário da revista "Veja". Visitei "madaris" nos acampamentos de refugiados palestinos "Mie bil Mie" (100%) e "Ayun Helue" (olhos bonitos) na cidade da Saida no sul do Líbano. Nas madrassi's palestinas estudavam crianças católicas,muçulmanas e agnósticas. Inteligência de um povo sofrido que não embarcou no sectarismo religioso para evitar a desintegração de sua identidade e sua cultura,maior elo de sua unidade nacional , já que o território lhes foi tomado. Bem que a "Veja" podia aprender com o sofrimento alheio. Na primeira semana de abril nova edição da revista "Veja" estampando sua quixotesca "cruzada tupiniquim" que tenta importar e semear o sectarismo religioso no Brasil. Com texto tão pobre quanto suas intenções a revista usa o velho e surrado clichê de apresentar "personagens maquiados " para encaixar no sensacional título da reportagem, acrescentando "recheio" bombástico a fato trivial , que o genial Nelson Rodriguez chamaria de "o óbvio ululante". Oito anos depois, 4.000 soldados americanos e mais de um milhão de iraquianos mortos, ninguém achou as "armas de destruição em massa". Os EUA estão procurando até hoje...só acharam petróleo! Khaled nasceu na década de 70 ,"sumiu "depois de prestar serviço militar" e "reapareceu nos anos 90"? Hora, o serviço militar no Líbano é prestado até os 20 anos de idade, Khalled,que segundo a revista nasceu em 1970 em 1990 tinha 20 anos de idade! Ele reapareceu no inicio dos anos 90. Aí fica uma pergunta: afinal quando foi que ele sumiu? Lá no leste do Líbano ele "sumiu" ? A revista Veja esteve no leste do Líbano e descobriu que ele tinha sumido? Estive no leste do Líbano na cidade de Baalbek no vale de Beeka ,de maioria xiita. Estive nas montanhas Chouf, território dos Drusos, em Tripoli no norte e nas encantadoras localidades de June e Biblos, redutos predominantemente católicos. Também circulei nas partes oriental e ocidental de Beirute em 1982, 83, 84 e 87 compartilhando dos sonhos de paz do povo libanês e das generosas refeições feitas em bandejas de cizal onde traziam a saborosa comida árabe. As conversas que assumiam ares filosoficos giraram em torno da origem do vento,da vida e da derrota da seleção brasileira para Itália com 3 gols de Paulo Rossi, sem falar nos efeitos medicinais de azeitona ou da beleza das montanhas e desembocavam em piadas e grandes gargalhadas. É um povo que ri,chora,dança,canta, ama e é amado como todos as nações da terra. A marca daquele povo é a hospitalidade. Ser brasileiro nos países árabes garante a qualquer um tratamento vip dado ás celebridades. Mas ,aqui,em terras tupiniquins , quem transforma anonimos da multidão em celebridade é a revista da Editora Abril. Foi o que fez com Khelled Ali ,que posou sorridente para o fotografoda "Veja" diante da perspectiva de fazer propaganda gratuita de sua lan house, como bom árabe que é. De graça, Khaled, pega até onibus errado. Segundo a revista, "Ali reapareceu em São Paulo na década de 90 casou-se teve uma filha. Graças a ela ,obteve, em 1998,o direito de viver no Brasil. Mora em Itaquera,na zona leste paulistana,sustenta sua família com os lucros de uma lan house". Esta história pode se enquadrar perfeitamente na vida dos próprios donos da Editora Abril judeus que conheceram os horrores da intolerância e da perseguição ,que hoje, a revista "Veja" tenta disseminar. Milhões de imigrantes de origem árabe abriram um negócio no Brasil, casaram, tiveram filhos com brasileiras e fincaram suas raízes neste país. Milhões de brasileiros poderão olhar para o vizinho ao lado e encontrar alguém com o perfil do personagem que "Veja" tenta rotular como "terrorista". A matéria envereda pelos caminhos do imponderável e do humoristico quando afirma: "Ali leva uma vida dupla. É um dos chefes do braço propagandístico da Al Qaeda, a organização terrorista comandada pelo saudita Osama Bin Laden". Ele é dono de uma lan house e certamente deve trabalhar com computador,como faria um açogueiro que trabalha com carne, o padeiro com pão ou um nomade com seus camelos. A CIA, FBI, Tesouro americano e o "Inspetor Closeau" que além de trabalhar com a pantera cor de rosa presta serviços para a revista chegaram a "óbvia" conclusão publicada pela Veja. O problema é que o raciocínio lógico não fecha a conta! Bin Laden que tem 10 vezes mais dinheiro que a Editora Abril , poderia ter contratado um publicitário ou um jornalista que goza de intimidade com a lingua portuguesa para fazer propaganda da Al Qaida. Mas este tal de Osama (Mister) Bin Laden deve ser amador ou mal assesorado, foi contratar logo um libanes de sotaque carregado que mal pronuncia algumas palavras em portugues para fazer propaganda no Brasil!?? Pior ,o cara virou capa da revista Veja ,estampando no rosto um largo sorriso de quem vai divulgar seu negócio para o Brasil inteiro. Ele está mais para um comerciante sortudo do que para um terrorista da Al Qaeda. Imaginem o Khaled Ali falando: " Brimo fala pro titia bassa la no meu casa, bra come a beru na natal". Ou ainda falando em código ao fazer fézinha no jogo do bicho para levantar dinheiro para a organização terrorista: "Nós vai joga na bicho que começa com o letra "b". Todo mundo da organização joga na borboleta". Só ele joga na "beru". Agora estou preocupado. Diante deste teclado, nome, descendencia árabe e islâmica, dono de computador expressando indignação com os irresponsáveis que semeam ódio religioso em território brasileiro, eu seria enquadrado no grupo de "suspeitos" de "envolvimento com terrorismo", segundo os critérios da "Veja". A seriedade que a revista tentou dar a esta última publicação,certamente foi levada em conta pelo Ministério Público Federal. Foi por isso que o MPF mandou soltar o "brimo" Khalled Ali e arquivar o processo. Para frustração de "Veja" revista conhecida em Minas Gerais como "Óia" Mas o que entrará para o anedotário jornalistico é sem dúvida a pérola publicada pela Veja que acusa um árabe muçulmano de "disseminar ódio contra judeus e negros"! Negros? Como assim? Que vergonha para a Editora Abril e para a revista "Veja". Usar a bandeira da tolerância para incitar a intolerancia religiosa e racial no Brasil. Mais de 80% dos islamicos no mundo são negros. Sudão, Argélia, Tunisia e Somália são alguns das dezenas de países de população árabe-negra muçulmana do mundo. É como alguem dar tiro no próprio pé. O personagem na capa da revista "Veja", Khalled, não me parece um branquinho de olho azul.... Veja foi protagonista da maior farsa jornalística da história do Estado da Bahia quando transformou um traficante de drogas conhecido como Luís Henrique Franco Timóteo em celebridade, bublicando fantasiosa versão de que um "ataque de bioterrorismo" teria disseminado a praga da vassoura da bruxa nas plantações de cacau no sul da Bahia na década de 90. Segundo a matéria da "Veja" Luis Henrique Franco Timóteo que seria militante de esquerda teria se reunido com um grupo do PT para "destruir as elites economicas do cacau que davam sustentação aos seus adversários politicos" Na inverossímil versão, Luís Henrique com outros personagens, incluindo o ex prefeito de Itabuna Geraldo Simões atualmente Deputado Federal pelo PT da Bahia, teriam viajado até Rondônia para buscar os fungos de vassoura de bruxa e uma vez retornando á Bahia teriam espalhado o fungo nas plantações de cacau. A fantasiosa versão foi desmentida por biólogos e especialistas que provaram a impossibilidade técnica de contaminação das plantações de cacau através deste processo. A revista foi processada pelo Dep. Geraldo Simões que desmentiu o factóide midiático . Mais tarde descubriu-se que tudo não passava de uma farsa, com objetivos politico eleitorais, que renderam uma "graninha" para o traficante de drogas. Luis Henrique junto com a homicida Sandra Cássia Souza de Oliveira Santos, mãe do ex goleiro Bruno do Flamengo, fraudaram escritura de um terreno na localidade de Santo André em Santa Cruz Cabrália -Bahia para tentar surrupiar o terreno deste que vos escreve. Ao ler a revista "Veja", conhecida como "Óia" em Minas Gerais...veja bem...!! * Abdul Haikal é consultor e microempresário de Duque de Caxias (RJ) * Artigo extraído do site Ibei do Paraná
Uma delas foi a matéria publicada na edição nº 1870 com o título "OsMadraçais (sic) do MST" que entre outras pérolas do jornalismo da desinformação afirmava: "Assim como os internos muçulmanos, as escolas dos sem-terra ensinam o ódio e instigam a revolução contra os infiéis . No caso os infiéis somos todos nós". A frase revela a o esforço de separar o mundo em dois grupos : "nós e os muçulmanos inimigos". Com deplorável desonestidade intelectual, "Veja" distorce a verdadeira natureza do islã e revela desconhecimento do significado de palavra de origem árabe "madrassi", que traduzida para o português significa "escola".
Estudei até os sete anos de idade na Síria. Filho de pai islâmico "sunni" e mãe brasileira católica minha "madrassi" era um colégio católico tradicional na cidade portuária de Tartous dirigida por freiras fransicanas. Lá existem madrassi's públicas e particulares podem ser alauitas, católicas, muçulmanas, judias ou batistas. Existe "madrassi" de música","madrassi" de arte, "madrassi" de dança ,"madrassi" de teatro,etc...
Na última edição com titulo "A Rede do Terror no Brasil" a revista relata a existência de uma "célula terrorista" em nosso país, e para dar credibilidade às suas afirmações, se agarra em relatórios de investigação do FBI e da CIA, mesmos órgãos que investigaram e localizaram armas de "destruição em massa" usados como argumento para justificar a invasão do Iraque.
A primorosa matéria da "Veja" postada no alto começa com: "Khelled Hussein nasceu em 1970,no leste do Líbano. Seguidor da corrente sunita do islamismo, prestou serviço militar. Depois, sumiu. No inicio dos anos 90, reapareceu em São Paulo." Quanto mistério!
Todos os árabes que conheci no Líbano tem paixão pelo Brasil. Khalled não é diferente.
Esta revista não se corrige. Depois, reclama das campanhas de movimentos sociais que a acusam de mentirosa e manipuladora.
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010
NOVA CONSPIRAÇÃO
Por *Franklin Lamb, Al-Manar, Beirute, publicado em 20 de novembro de 2010
"Empurramos esses [apagado] para onde queremos que fiquem, Maura! Agora, assista, enquanto fatiamos o Hezbollah em mil pedaços. Quem pensam que são? Usaremos a [Resolução do Conselho de Segurança da ONU n.] 1.757 e, dessa vez, acabaremos o serviço. Disse a Israel para ficar longe do Líbano, porque o exército de Israel não pode derrotar o Hezbollah e incendiariam toda a região. Vou cuidar disso. Será meu presente de Natal ao Líbano” – disse Jeffrey Feltman em conversa com sua ex-assessora e hoje embaixadora dos EUA no Líbano Maura Connelly, em visita dia 17/10/2010 ao deputado Walid Jumblatt em sua casa.
Dia 12/12/2008, Naharnet.com noticiou que “o ex-embaixador Jeffrey Feltman dos EUA entregou ao primeiro-ministro Fuad Siniora o que o diplomata norte-americano descreveu como seu presente pessoal de Natal ao Líbano. Mr. Feltman garantiu ao primeiro-ministro Siniora que forçará Israel a retirar-se da vila de Ghajar antes do final de 2008.” De fato, nem o primeiro-ministro Fuad Siniora nem o Líbano jamais receberam o prometido presente para o Natal de 2008, e as tropas e tanques de Israel continuam na cidade libanesa de Ghajar, apesar da crescente pressão para por fim à ocupação do norte de Ghajar, que, em clara violação do que dispõe a Resolução UNSCR 1.701, Israel invadiu em julho de 2006 e de onde, desde então, recusa-se a sair.
Em 2010, nesse final de ano, Jeff volta ao tema do Papai Noel. Outra vez está garantindo aos seus aliados libaneses que o bom velhinho lhes trará de presente a cabeça do Hezbollah, para adornar a árvore de Natal. O motivo de tanto otimismo é que EUA e Israel estão convencidos de que conseguirão, com a Resolução n. 1.757, o que tentaram mas não conseguiram com a Resolução n. 1.559 – que visava a tirar da Resistência Libanesa as suas armas de defesa. Dia 11/11, o vice-premier e ministro do Desenvolvimento Regional de Israel Silvan Shalom previu que “depois de condenado pelo Tribunal Especial da ONU para o Líbano, o Hezbollah será obrigado a cumprir o que determina a Resolução n. 1.559. Desarmado o Hezbollah, assistiremos ao colapso da aliança Síria-Líbano-Irã-Turquia”.
O grande troféu seria Hassan Nasrallah
Pelo que já se sabe, o novo projeto de EUA-Israel foi elaborado a partir de modelos estratégicos que, dentre outros pressupostos, assumem que vários membros do Hezbollah, inclusive provavelmente também o secretário-geral Hassan Nasrallah, serão indiciados, julgados e condenados, in absentia é claro, por envolvimento no assassinado, dia 14/2/2005, do primeiro-ministro libanês Rafiq Hariri.
O gabinete do Conselheiro Jurídico do Departamento de Estado dos EUA tem repetido vaidosamente, na Casa Branca, que essas novas possibilidades são produto da insistência daquele departamento, em 2005, para que se instituísse um Tribunal Especial para o Líbano nos termos do Cap. 7º da Carta da ONU. Esse Cap. 7º autoriza uso de força armada internacional ilimitada para fazer cumprir sentenças de Tribunais Especiais, no caso, do Tribunal Especial para o Líbano. Israel, violador serial de leis internacionais – inclusive de mais de 60 Resoluções da ONU – também não tem perdido ocasião de proclamar seu apoio integral às decisões do Tribunal. Já declarou que as mais conceituadas bancas de advogados do mundo podem ser mobilizadas a qualquer momento para assessorar o trabalho da acusação no Tribunal Especial para o Líbano comandada por Daniel Bellemare do Canadá.
Poucas horas depois de Israel ter dado instruções à secretária de Estado Clinton, no sentido de que ninguém teria o que temer, porque não haveria meios para deter o Tribunal ou evitar que a sentença condenasse o Hezbollah, bastando para tanto que os EUA garantissem meios financeiros para o funcionamento do Tribunal, a Casa Branca anunciou dotação extra de 10 milhões de dólares e conseguiu que a Grã-Bretanha acrescentasse mais 1,8 milhão. Ainda se espera a contribuição da França. Hoje, o Tribunal Especial do Líbano está bem suprido de dinheiro e assim continuará até a conclusão dos trabalhos.
Conforme declarações obtidas em entrevistas com dois altos funcionários do Gabinete da Procuradoria do Tribunal Especial do Líbano, confirmadas por declarações oficiais de funcionários do governo norte-americano, há boas razões para acreditar que Jeffrey Feltman e Silvan Shalom farão o que for preciso para “acabar o serviço”. Os dois governos têm repetido que o Tribunal Especial do Líbano é legítimo nos termos da legislação internacional, uma vez que foi instituído por Resolução do Conselho de Segurança, fundamentada no disposto no Cap. 7º da Carta da ONU e nos princípios constitucionais do Líbano, ao contrário de tudo que o Hezbollah e os inimigos do Tribunal têm declarado.
Segundo um dos advogados do Departamento de Estado dos EUA, “Se o Tribunal Especial para o Líbano indiciar e condenar um único membro do Hezbollah, nós ganhamos. Um motorista, um menino de recados, não faz diferença. Isso feito, o Conselho de Segurança tem vários meios para paralisar o Hezbollah. Por exemplo: e se se aplicarem sanções econômicas ao estilo das que se aplicaram contra o Irã, mas contra o Líbano, para perdurarem até que o Hezbollah entregue os condenados? Os libaneses só pensam em dinheiro. Com essas várias seitas matando-se umas às outras, em pouco tempo o país estará dividido; o passo seguinte será a guerra civil. Se, além disso, racionarmos a comida deles e forem obrigados fazer dieta... E se se aplicarem sanções contra a Síria? Restará a EUA e Israel só o trabalho de varrer os cacos e fazer o que já deveríamos ter feito há meio século: instalar por aqui governos que realmente entendam as realidades regionais e internacionais.”
Tel Aviv e Washington consideram fúteis os esforços de Hezbollah e Síria para impedir que prossigam os trabalhos do Tribunal Especial para o Líbano, porque entendem que a opinião do Líbano sobre o TEL não seria relevante. O Tribunal foi instituído pelo Conselho de Segurança da ONU e nada que o Parlamento, o Gabinete ou o povo libanês tenham a dizer terá qualquer efeito. O Líbano só continuaria a aparecer na fotografia como a cena do crime. E porque alguns dos suspeitos vivem no Líbano. Exceto por isso, o Líbano é considerado completamente irrelevante no trabalho do TEL.
Assessor do Congresso dos EUA já disse que “Usaremos todas as ferramentas e meios, intimidação e outros meios com que a comunidade internacional conta para destruir o Hezbollah. Na próxima etapa, nem se verá grande envolvimento dos EUA e de Israel. Apenas assistiremos ao jogo das arquibancadas. Caberá à ONU tomar e fazer valer todas as decisões legais e políticas para prender todos os que sejam julgados e condenados. Aí está o xis da questão, e motivo pelo qual o Hezbollah está muito, muito preocupado. Se não está, deveria estar.”
Outro assessor da mesmo gabinete acrescentou, em mensagem por e-mail: “Está bem claro: o TEL é o instrumento legal internacional perfeito para destruir o Hezbollah, derrubar o governo na Síria, criar conflitos insolúveis entre sunitas e xiitas por toda a Região, provocar uma guerra civil no Líbano e derrubar os Mulás no Irã. Será como se Cheney continuasse no comando.”
Depois das condenações pelo TEL, dado por garantido que incluirão membros do Hezbollah, fontes em Washington contam com que Israel lance a mais massiva e cara campanha de propaganda pela mídia internacional, de difamação do Hezbollah, da Síria e do Irã, campanha à qual se unirá o governo dos EUA e de alguns de seus aliados europeus, além da sempre aproveitável Micronesia.
O objetivo da campanha será unir a opinião pública mundial contra os supostos assassinos xiitas de um primeiro-ministro sunita. Mais de uma dúzia de projetos conjuntos de EUA-Israel que fracassaram no Líbano na última década, desde a base aérea em Kleiat a tumultos de rua para encobrir ações de sabotagem dos cabos de fibra ótica das telecomunicações, poderão voltar a ser tentados, depois que receberem o sinal verde da lei internacional e o aval de plena legitimidade do Conselho de Segurança da ONU.
O projeto incluir reforçar as ameaças públicas de que Israel está pronto para atacar o Líbano, apesar de o Pentágono saber que Israel não tem condições de enfrentar o Hezbollah libanês e dificilmente voltará a tê-las, dentre outros fatores porque a opinião pública regional e internacional já se manifesta contra qualquer nova agressão que parta de Israel.
Segundo o Deputado Kamel al-Rifai, do Bloco Parlamentar Lealdade à Resistência, o vice-secretário de Estado dos EUA para Assuntos do Oriente Próximo Jeffrey Feltman, o ministro das Relações Exteriores da França Bernard Kouchner, e o senador John Kerry dos EUA informaram o governo do Líbano, em recente visita a Beirute, que há risco real e iminente de Israel atacar o Líbano. Al-Rifai disse ao jornal Asharq al-Awsat, dia 15/11/2010, que o Hezbollah já tem informações de que o governo dos EUA liberou Israel para agir como melhor lhe parecer em relação ao Líbano. O Deputado al-Rifai disse também que a mesma mensagem foi passada também ao governo da Síria.
Por todas essas razões, o Tribunal Especial para o Líbano está sendo considerado como oportunidade extraordinariamente favorável para que EUA e Israel retomem o controle na Região. Na campanha de propaganda pela mídia, os ataques serão centrados contra Sayed Nasrallah – que EUA e Israel temem, porque veem nele, simultaneamente, um líder político de prestígio e estatura semelhantes aos de Nasser e, ao mesmo tempo, um líder muçulmano que inspira respeito em todo o globo.
Sayed Nasrallah é visto como líder político com potencial para unificar as muitas cisões entre xiitas e sunitas – por isso, precisamente, Washington e Telavive consideram-no extremamente perigoso.
O que pensa o Hezbollah
Dia 11/11/2010, o secretário-geral do Hezbollah, Sayed Hassan Nasrallah falou sobre o Tribunal Especial para o Líbano, em cerimônia do Dia dos Mártires, realizada na área sul de Beirute. Falou sobre o projeto EUA-Israel e explicou aos que se reuniram para ouvi-lo a estratégia de EUA-Israel, que o Hezbollah já analisou detalhadamente:
“O Tribunal Especial para o Líbano foi criado para acusar xiitas pelo assassinato do mais importante líder sunita da Região; em seguida, o TEL deve condená-los e expedir mandato de prisão. Pedirão então ao governo do Líbano, que tem acordos firmados com os EUA para esses casos, que prendam os condenados. Para prendê-los, o exército libanês terá de enviar soldados e forças de segurança contra a Resistência. Assim, nossos inimigos contam com provocar uma guerra civil no Líbano.”
E Nasrallah continuou:
“Em linhas gerais, o plano é esse. Nem os EUA, nem a entidade sionista e os financiadores do TEL têm qualquer preocupação com o que aconteça ou possa acontecer ao Líbano. O Líbano em si não é importante. De fato, nem o mártir Hariri, nem os sunitas, nem os xiitas, nem muçulmanos, nem cristãos, nem o Movimento Futuro, nem o Bloco 14 de Março, nem o Bloco 8 de Março, nada disso tem qualquer importância para os EUA. A única coisa que importa aos EUA é “Israel”. E Israel tem muito interessem em ferir a Resistência, em nos eliminar, isolar, enfraquecer. Israel tem interesse, sobretudo, em separar a Resistência de suas legítimas bases populares – por isso, precisa distorcer a imagem da Resistência. As crenças, os princípios morais e o desejo da Resistência têm de ser destruídos. Por isso construíram esse plano: pensando em forçar a Resistência a render-se.”
Pouco depois, outro deputado do Hezbollah no Parlamento libanês, Nawaf Mousawi, falou diretamente à mídia:
“O Partido da Resistência está preparado para todos os cenários. Nada que façam ou tentem surpreenderá o Hezbollah. Estamos preparados para vários tipos de respostas. A cada alternativa, corresponde um cenário. Se as coisas tomarem o rumo que nos interessa, estamos preparados. Mas se as coisas tomarem rumo que não nos interessa, e falharem todos os nossos esforços para superar a crise criada pelo inimigo, também estamos preparados. Tentem o que tentarem, sempre encontrarão a Resistência preparada e a postos”, disse Mousawi.
*Texto traduzido extraído od Blog do Bourdokan. Texto original em inglês acesse: http://almanar.com.lb/NewsSite/NewsDetails.aspx?id=162696&language=en
*Franklin Lamb é advogado norte-americano especialista em Direito Internacional, autor de vários artigos e defensor dos direitos do povo palestino
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009
POR QUE DEMONIZAM AHMADINEJAD?
Em uma visita meteórica, de menos de 24 horas, esteve em nosso país, pela primeira vez na história, um chefe de Estado da Nação Persa. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad encontrou-se com o presidente Lula em Brasília no último dia 23 de novembro. A imprensa – que Paulo Henrique Amorim acertadamente chama de PIG, Partido da Imprensa Golpista – como sempre, o demonizou. Cabe-nos, neste espaço, tentarmos entender o porquê disso.
Uma nova farsa, uma nova mentira
Já se disse que uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade. Quanto alemães acreditaram nos discursos vazios, extremistas, nazistas, anti-semitas de Hitler? Como uma Nação inteira foi levada a um delírio coletivo, para apoiar os massacres, as perseguições, o holocausto perpetrado contra judeus, comunistas, ciganos e o povo alemão em si? Havia um secretário de propaganda eficiente. Chamava-se Joseph Goebels. Um expert, um verdadeiro profissional. Controlava a ferro e fogo toda a mídia, as rádios e os jornais (a TV estava iniciando suas transmissões).
Vimos isso entre 2002 e 2003, quando da segunda agressão ao Iraque perpetrada pelos EUA. O então secretário da Defesa, Collin Powell, orientado por George W. Bush, o Júnior, apregoou ao mundo inteiro que o Iraque tinha “armas de destruição de massa” (letal weppons destruction). Nenhuma agência de inteligência de qualquer potência ocidental atestava isso. Mas a mídia, que tudo tenta controlar, vestiu “essa camisa”. Propagava ao mundo essa versão fantasiosa, mentirosa. Pois, não é que após a invasão em 19 de março de 2003 a mentira veio à tona? O mundo viu que foi enganado, ludibriado. Mas, mesmo com as amplas mobilizações que fizemos nas maiores cem cidades do planeta, que levaram ás ruas mais de 20 milhões de pessoas, não conseguimos barrar a invasão. Claro, muita coisa mudou de lá para cá no mundo. A multipolaridade ampliou-se, a esquerda avançou na América Latina, Obama venceu eleições contra os Republicanos, ainda que siga decepcionando seus eleitores e o capitalismo de modelo financeiro entrou em bancarrota. Mas, o Iraque segue ocupado e assim deve ficar até final de 2011!
Desta feita, a “bola da vez” é a Nação Persa. O Irã tem sim um programa nuclear. Inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica atestam as suas finalidades pacíficas. O Irã tem o direito inalienável de deter o ciclo completo da cadeia de enriquecimento de urânio, para fins medicinais, científicos e energéticos. O Irã se compromete com isso em todos os fóruns internacionais de que participa, mesmo optando em não ser signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Os estados Unidos possuem 11 agências de inteligência e de espionagem. Todas – vejam bem, eu disse todas! – atestam por unanimidade que o programa nuclear iraniano não tem capacidade de produzir uma só bomba sequer, pelo menos nos próximos anos, mas ainda assim, toda a imprensa fala da bomba do Irã! Porque isso?
Dei uma entrevista para a rádio CBN, no programa de Heródoto Barbeiro nesta segunda, quando Ahmadinejad já se encontrava em solo pátrio. Debati com o ultraconservador e reacionário professor da UFSM, Dennis Rosenfeld. Este fez a defesa de que o programa iraniano era exclusivo para fins militares e ele estava convicto disso. Eu disse que não. E que os objetivos da visita do presidente do Irã ao nosso país, que muito nos honra, somente servia para que o Brasil reafirmasse a soberania de sua política externa que hoje é reconhecida em todo o mundo pelas maiores nações. Menos no Brasil exatamente por essa mídia golpista.
Não é de se estranhar que o candidato queridinho da mídia, da direita, do consórcio PSDB-DEM-PPS, que atende pelo nome de José Serra (uns chama de Zé Pedágio outros ainda o chamam pelo seu nome verdadeiro de batismo, Zé Chirico), estampou na primeira página do jornalão da família Frias, Folha de São Paulo, o seu artigo onde chama Ahmadinejad de “ditador, visita inaceitável e fraudador de eleições”! O que é inaceitável e mesmo irresponsável é um pretenso candidato à presidente da República, dizer quem um presidente legitimamente eleito – foram 60 milhões de votos no 2º turno em 2006 – deve receber no pleno exercício do seu poder presidencial, na aplicação da política externa de governo e de Estado, que o presidente Lula vem exercendo. Isso é inaceitável e uma irresponsabilidade. Só nos mostra e confirma a quem essa figura esta servindo na atualidade, a que campo de forças ele se propõe a servir.
Tem razão o brilhante jornalista Paulo Henrique Amorim, em seu site Conversa Afiada quando diz “o Irã tem um programa nuclear que provoca suspeitas nos Estados Unidos e por consequência no PIG; Israel tem bombas atômicas, o que não provoca suspeitas nos Estados Unidos e, por consequência, no PIG” (1). O Irã reafirma ao mundo que seu programa nuclear é pacífico. O Brasil confia nisso e a imensa maioria dos países do mundo também. Menos os golpistas da mídia. Mas por quê?
O jornal Hora do Povo, em sua edição de 25 de novembro, destaca na sua primeira página algumas pistas par entendermos os porquês de tudo isso. Diz lá a manchete “Adeptos do genocídio palestino atacam a política externa brasileira”! Estou plenamente de acordo com isso. Falou-se que Ahmadinejad negaria o holocausto judeu – e nunca fez isso – mas a mídia se cala diante do holocausto palestino cometido diariamente contra Gaza e moradores da Cisjordânia. Os que “protestaram” contra a presença de Ahmadinejad no Brasil – uns gatos pingados em Ipanema e em Brasília – portavam ostensivamente bandeiras de Israel e dos Estados Unidos!
Ora, as coisas assim se encaixam. Ahmadinejad é odiado pelas elites e pela imprensa golpista porque atua num campo da política e do direito internacional que da combate frontal ao imperialismo norte-americano. Porque combate o modelo de financeirização do capital. Porque defende alianças mais progressistas com governos e países de um campo mais avançado. Isso é fato, por mais que a mídia tente esconder e escamotear. Uma pena que setores iludidos e pretensamente de esquerda ainda caiam nesse canto de sereia.
O Irã na atualidade
Os dos mais inteligentes e competentes jornalistas na atualidade, Antônio Luis Monteiro Coelho da Costa, da revista Carta Capital, nos apresenta dados interessante sobre o Irã atual, Nação moderna e progressista, apesar dos problemas e de muito que se tem que modificar ainda (2):
• No Irã não se usa a burca típica do Afeganistão; quase não se vê também o nigab (veu que cobre o rosto), ainda hoje obrigatório na Arábia Saudita, nos Emirados do Golfo, no Iêmen, Paquistão entre outros;
• A participação das mulheres na sociedade iraniana é das maiores no mundo. Na economia, chega a 40% (maior que no Chile, Egito, Turquia entre outros); mais de 50% dos estudantes do ensino superior sã mulheres (igual à Holanda e maior que México, Chile, Turquia e a maioria dos países muçulmanos);
• Mesmo sendo questionado o modelo de eleições iranianas, onde o clero islâmico tem grande poder e influência, não há nada igual, nem de longe, nos países árabes, monárquicos – a imensa maioria – onde o povo quase nunca é chamado a votar;
• O Ocidente reverbera denúncias de fraude sem comprovação alguma, mas pouco destaque deu à monumental fraude no Afeganistão, onde o queridinho da mídia, Hamid Garzai – segundo a revista Vogue, um dos homens que melhor se veste no mundo – foi “reeleito” na base do “bico de pena”, no tapetão;
• O Irã é um país moderno, industrializado, com renda per capita maior que a nossa, que a da África do Sul, da Tailândia, entre outros;
• Em fevereiro do ano passado colocou em órbita, com recursos e tecnologia própria, um satélite de comunicação, o primeiro no mundo muçulmano;
• Suas montadoras de veículos fabricam mais carros que a Itália (um milhão de carros);
• 35% dos iranianos tem acesso à Internet, menos que o Brasil e este ano as projeções são de que atinjam 48%;
• A região metropolitana da Grande Teerã tem 13 milhões de habitantes, com moderna rede de metrô e de transporte público, muito superior a qualquer capital brasileira;
• Ao contrário do que diz a “revista” (folheto de propaganda) Veja, da família Civita, o Irã e seus mulás (clérigos da hierarquia islâmica), não querem a “volta à idade média”; ao contrário; querem a modernização, ainda que sob seu controle;
• Ainda que 98% sejam islâmicos no país, nem todos são persas (apenas 51%, como Ahmadinejad; uma segunda etnia forte e grande é a azeri, do líder espiritual Ali Khamenei, que sucedeu Khomeini, que era persa;
• Ao contrário de Israel, do Paquistão e mesmo do Iraque, na época de Saddam Hussein, o Irã nunca atacou seus vizinhos em nenhum momento ou reivindicou qualquer de seus territórios;
• É verdade que metade dos 80 mil judeus que moravam no Irã há 30 anos, quando da eclosão da Revolução Islâmica, emigrou para outros países; mas, os que lá permaneceram, até lutaram para derrubar a monarquia fascista do Xá Reza Pahlevi em 1979 e defenderam o aís dos ataques iraquianos entre 1980 a 1988; e hoje vivem um clima de ampla liberdade, sem nenhuma restrição ao seu culto, à sua educação judaica, às suas viagens e até seu principal líder, Haroun Yashayaei até criticou Ahmadinejad – sem ser punido! – por este questionar o holocausto.
Enfim, poderíamos nos estender a outros aspectos positivos da vida política, cultural e social do social da República Islâmica do Islã. Mas não será necessário. O ponto central é em torno de quem orbita esse pequeno gigante, imenso produtor de petróleo hoje no mundo. O Irã não faz o jogo dos estados Unidos. Muito ao contrário. Dá-lhe frontal combate. Ahmadinejad articula suas alianças hoje com a Venezuela de Chávez, a Bolívia de Evo e, claro, com o nosso Brasil sob o comando do presidente Lula. Se não fosse isso, não seria tão demonizado com vem sendo feito por essa imprensa golpista. Que tenta mentir ao mundo que á é uma ditadura, as eleições foram fraudadas e que o Irã quer a bomba. Tudo mentira.
Já nos primeiros anos do meu curso de Ciências Sociais – e já se vão 30 longos anos – na disciplina de Antropologia aprendi um conceito que a nós, sociólogos, nos é muito caro. O de “relativismo cultural”. Significa que devemos ver as outras nações, as outras culturas, as outras civilizações, diferentes das nossas, com um relativismo, procurando encarar seus hábitos e costumes com naturalidade, sem arrogância e sem a prepotência de achar que nossa cultura Ocidental é melhor e deve ser seguido por todos os povos da humanidade.
O povo do Irã escolheu esse caminho de forma soberana, autônoma, com liberdade. Fizeram uma Revolução em 1979, ainda que com rumos que eu até possa não estar de pleno acordo. Mas devo aceitá-los. O que entristece a turma dos golpistas da mídia e a sua elite, é que esse país soberano saiu da órbita dos Estados Unidos. Nunca nos esqueçamos – e o povo iraniano guarda isso bem guardado em sua memória histórica – dos episódios da nacionalização do petróleo levado à cabo pelo então primeiro Ministro Mossadegh em 1953. Não resistiu um ano e foi derrubado com a ajuda da CIA, que garantiu o controle do petróleo para os EUA e para a Inglaterra a partir daí até 1979, quando ele volta para o controle do povo.
Ai está, em poucas palavras, porque o Irã é tão demonizado por essa mídia golpista. Só por isso, já devemos ver com bons olhos esse grande país, de civilização milenar, organizada a partir do Grande Ciro, da Pérsia séculos antes da atual era cristã. Vida longa ao Irã!
* Presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, escritor, arabista e professor. Membro da Academia de Altos Estudos Ibero-Árabe de Lisboa e da International Sociological Association. Artigo extraído do site www.vermelho.org.br
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SILÊNCIO CÚMPLICE
Omar Nasser Filho*
Era uma manhã ensolarada do dia 16 de janeiro de 2009. As notícias dos ataques israelenses, que se seguiram a dois anos de feroz bloqueio, ainda não tinham alterado significativamente a rotina da família Al-Jarah. Mohammad, Ahmed, Wahid e Nur tomavam tranquilamente seu café da manhã no jardim de casa, na cidade de Gaza.
Não imaginavam que, em frações de segundos, suas vidas seriam, literalmente, despedaçadas por um míssil disparado de um avião não tripulado israelense.
Num átimo, uma família palestina inteira havia sido destroçada. "Nós encontramos Mohammad deitado ali, cortado ao meio. Ahmed estava dividido em três partes. Wahid estava totalmente queimado – seus olhos tinham ido-se.
Nur havia sido decapitada”, conta ao jornal britânico The Guardian um dos sobreviventes, Munir Al-Jarah, que está vivo por ter, naquele exato momento, se dirigido ao interior da habitação. Outra sobrevivente foi Fatheya, de 17 anos, que dormia em seu quarto naquele fatídico momento.
Durante os 23 dias de ataque contra a Faixa de Gaza – considerada o maior campo de concentração do mundo, onde 1,6 milhão de pessoas dividem um território de 450 quilômetros quadrados – 1.380 palestinos morreram, dos quais 431 crianças.
Os dados são da Organização Mundial da Saúde. Civis foram assassinados quando buscavam proteção em prédios da ONU, que, pela Lei Internacional, deveriam estar imunes a tiros de artilharia. Em seus ataques, o exército e força aérea israelenses usaram armamento proibido, como bombas de fósforo e de dispersão.
Estes fatos são, infelizmente, apenas parte da tragédia de um povo que há, pelo menos 60 anos, vem assistindo, diariamente, à invasão militar, ocupação e colonização de sua terra milenar. Inicialmente vítimas da ação de grupos terroristas judaicos como Lehi, Irgun, Stern, Palmach e Haganah, hoje são vítimas do terrorismo de estado: uma imensa estrutura militar voltada para a repressão e opressão de um povo que luta, apenas, pelo direito de existir na terra que há milênios é sua.
Sua tragédia foi corroborada pela ONU, que em 1948 aprovou um injusto plano de partilha da Palestina: aos árabes, que eram 68% da população total de 1,8 milhão de habitantes (ou 1,2 milhão de pessoas), foi destinado 45% do território; aos judeus, que respondiam por 31% da população total (553,6 mil indivíduos) foi entregue 55% da área. Um plano tão iníquo, certa e imediatamente contou com a crítica e a recusa árabes.
Nenhuma pergunta sobre estes temas foi colocada ao presidente Shimon Peres quando de sua recente visita ao Brasil. Silêncio cúmplice e criminoso imperou. Suas decisões como primeiro-ministro em 1996, quando ordenou, no dia 18 de abril, o ataque às instalações da ONU na aldeia libanesa de Qana, no qual 106 civis morreram – muitos deles crianças e mulheres – não foram questionadas.
O fato de Israel, que aponta o dedo acusadoramente contra o Irã, não ser signatário do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, não permitir a inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica e possuir bombas nucleares há décadas passou ao largo de sua visita.
Uma pretensiosa “intelectualidade” que se supõe defensora dos direitos humanos preferiu, eivada de boa dose de preconceito, criticar a vinda ao país do presidente re-eleito da República Islâmica do Irã, Mahmud Ahamdinejad, mandatário de uma nação com Produto Interno Bruto de R$ 1,4 trilhão (ou US$ 848 bilhões), o 17º do mundo e o maior do Oriente Médio. Um país amigo, soberano e com o qual o Brasil tem amistosas relações econômicas, culturais e políticas.
A República Islâmica do Irã não tem um só soldado seu invadindo território estrangeiro e não dispara um tiro sequer para oprimir minoria alguma, em qualquer lugar do mundo. Pelo contrário, tornou-se refúgio de milhares de iraquianos e afegãos que fugiram da opressão em suas terras natais.
Cristãos e judeus têm assento garantindo no Parlamento, que conta, na atual legislatura, com oito mulheres, deputadas eleitas pelo voto popular. O Ministério da Saúde é comandado por uma mulher, a ginecologista Marzieh Vahidi Dasjerdi.
Esperamos que, a partir desta importante visita, o relacionamento do Brasil com a República Islâmica do Irã frutifique em acordos de cooperação nas áreas da educação, saúde, aeroespacial e nuclear. Que muita desinformação seja eliminada. E que aprendamos, com este povo milenar, a respeitar o diferente, ouvir o próximo e a combater o preconceito.
* Omar Nasser Filho é jornalista, economista e mestre em História pela Universidade Federal do Paraná. É co-autor do livro “Um diálogo sobre o Islamismo”, editado em 2003 pela Criar Edições. O artigo foi extraído do site IBEI.
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PROFESSOR DA UNB CRITICA CELEUMA SOBRE VISITA DE AHMADINEJAD
Por Iram Alfaia
Para ele, trata-se de um esforço legítimo da parte de quem quer multiplicar seus parceiros internacionais e reduzir o isolamento político. Ele advertiu que a sociedade iraniana vê-se como herdeira de um império milenar que merece respeito e prestigio internacional.
“Não se trata de um país recém-descoberto, mas de um povo que deu origem a religiões e filosofias (...) A Pérsia ensinou estratégia política aos gregos, filosofia aos hindus, poesia aos brâmanes. Um povo que cultua poetas e filósofos em suas praças públicas, além de guerreiros armados, merece pelo menos um olhar curioso, uma atitude de respeito”, diz o professor em artigo publicado nesta terça (24).
Na sua opinião desde que os Estados Unidos listaram o Irã no chamado “eixo do mal”, o país vem procurando novos interlocutores no cenário internacional. “Equivocadamente, o governo Bush tentou isolar o Irã, que reagiu buscando tecnologias, acesso a mercados e financiamentos junto a outros países. A tentativa de isolamento não apenas fracassou, mas contribuiu para fortalecer os conservadores na sociedade iraniana e para criar o único consenso entre os candidatos à presidência daquele país: o programa nuclear”.
O professor destacou ainda que, além dos tradicionais parceiros no Oriente Médio e na Ásia central, o Irã aprofundou relações com a China, Rússia e França. Diz que uma parcela progressista dequele país intensificou suas “interações com as sociedades ocidentais” o que facilitou uma recente reaproximação com os EUA na gestão de Barack Obama.
Segundo ele, curiosamente as visitas recentes do presidente de Israel, Shimon Peres, e dois dias depois do líder da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, não provocaram tanta celeuma. “O governo brasileiro não buscou isso ativamente, mas vem sendo chamado a participar de diálogos e concertações internacionais”, explicou.
Brasil como ator global
Para outro professor do curso Relações Internacionais da UnB, José Flávio Saraiva, o Brasil vem se habilitando a ator global. Não foi coincidência, segundo ele, num intervalo de dias a visita de três líderes do Oriente Médio.
“Ao Brasil e aos Estados Unidos convém uma pauta de cooperação mais estreita. Chegou o bom pretexto, que começou com Shimon Peres, presidente israelense, e segue até o desembarque do chefe de Estado iraniano, Mahmud Ahmadinejad”, diz Saraiva, em outro artigo. Ele também é diretor-geral do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI)
O professor argumentou que as visitas de israelenses, palestinos e iranianos são, portanto, um bom pretexto para estimular um novo padrão de cooperação entre os Estados Unidos e o Brasil.
Extraído do site www.vermelho.org.br
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009
UNIÃO BRASIL E IRÃ
Lula defendeu o programa nuclear pacífico do Irã. Por sua vez, o Irã defendeu que o Brasil ocupe um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
A visita de Ahmadinejad, ao Brasil, e a viagem de Lula para o Irã, no ano que vem, pode elevar para R$ 10 bilhões o volume comercial entre os dois países.
Ahmadinejad venho acompanhado de uma comitiva de em torno 200 empresários, de setores como exploração de petróleo, serviços de engenharia, construção civil, automóveis, e software. Eles participaram do III Encontro Empresarial Brasil-Irã.
Amanhã (24), os empresários se reúnem na Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde serão apresentadas aos iranianos as oportunidades de investimentos e negócios no Brasil.
Ahmadinejad foi recebido também no Congresso Nacional pelo presidente do Senado, José Sarney, e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, e por vários outros parlamentares. O presidente iraniano fez um discurso onde pediu apoio do Brasil para a criação de uma nova ordem política e econômica mundial e para a solução da questão da Palestina.
Em termos gerais, podemos dizer que a vinda do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, foi um sucesso total, apesar das tentativas de sabotagem por parte dos judeus que apoiam e defendem o terrorismo e o genocídio de Israel, entidade nazista que massacra palestinos, libaneses e profere ameaças contra o Irã.
Fechou acordos em várias áreas e conseguiu apoio do Brasil para o seu programa nuclear. Porém, a vitória maior foi o fato de o Brasil ter ignorado as pressões dos defensores de Israel que não pouparam esforços para impor a vontade do terror judaico sobre o povo brasileiro.
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domingo, 22 de novembro de 2009
"O IRÃ PRECISA SER UM ALIADO DO BRASIL", DIZ DEPUTADO FEDERAL
"Temos uma imprensa covarde e hiprócrita que
transforma suas convicções ideológicas em pauta.
O Blog Leitura Franca publica, neste domingo, uma entrevista exclusiva com o deputado federal Paulo Pimenta (PT/RS), membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) do Congresso Nacional. A entrevista foi concedida, em Manaus, onde o parlamentar esteve por conta da CPI da Violência Urbana, da qual é o relator.
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